“Era órfão de pai vivo, órfão de uma família ausente”, diz psicóloga que atendeu Bernardo

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A quinta testemunha a depor no júri de Leandro Boldrini, em Três Passos, foi a psicóloga Ariane Schmitt

Foto: Reprodução JSRS/Divulgação

A quinta testemunha a depor no júri de Leandro Boldrini, em Três Passos, a psicóloga Ariane Schmitt descreveu, na manhã desta quarta-feira, 22/03, como eram as sessões de terapia com Bernardo Boldrini.

Desde 2011, Bernardo tinha sessões com a psicóloga, encaminhado pela escola onde estudava.

Questionada sobre como era a relação de Bernardo com o pai, Ariane afirmou que a criança era órfão de pai vivo e de uma família ausente.

“Era órfão de pai vivo, órfão de uma família ausente. Isso é mais triste do que a perda, porque a orfandade é sentida no dia a dia, quando você chega com o trabalhinho escolar, você vai contar uma novidade para o papai e pra mamãe e eles estão ocupados”, afirmou.

A psicóloga também relatou que Bernardo era “louco pelo pai” e tinha o sonho de também seguir na carreira de medicina.

“Leandro era um excelente cirurgião, excelente médico. E é chocante essa diferença entre o profissional e o pai omisso”, relatou.

Boldrini é acusado de ter sido o mentor intelectual da morte do filho. O réu havia sido condenado, em 2019, a 33 anos e oito meses de prisão em regime fechado, mas a decisão foi anulada em 2021, fazendo com que ele seja submetido a novo julgamento.

Com informações de GZH

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