Erik: um pequeno guerreiro à espera de ajuda
Seis anos de luta, determinação, coragem e superação descrevem a história de Erik Nunes Lourenço. Diagnosticado com Espasticidade, um endurecimento dos músculos do corpo que o impede de caminhar, o menino depende de um procedimento cirúrgico chamado Rizotomia Dorsal Seletiva – a cirurgia chegou a ser agendada para o último dia 2, mas precisou ser remarcada em função de que a família não conseguiu os R$ 16 mil necessários para custear a diferença que não será paga pelo plano de saúde. Agora, os pais de Erik, Daiane e Rodrigo, contam com ajuda da comunidade para conseguir arrecadar o valor até o dia 27 de agosto. Daiane é natural de Bento Gonçalves e tem vários familiares na cidade. Ela mora em Farroupilha há cerca de sete anos.
Erik nasceu prematuro, com apenas 670g e 30cm. A mãe conta que ela e o marido tinham um enorme desejo de serem pais e ela engravidou após algumas tentativas e um pequeno tratamento. O dia mais feliz da vida, segundo ela, foi quando descobriu a gravidez de gêmeos. Tudo correu bem até a 24ª semana de gestação, quando complicações obrigaram-na a entrar em repouso absoluto. Diagnosticada com Síndrome de Helpp, Daiane foi submetida a uma cesariana de emergência e os bebês nasceram três semanas depois – Erik com 670g e Enzo com 900g. Apesar de um pouco maior, Enzo contraiu uma infecção hospitalar e morreu aos 11 dias de vida. Erik teve várias complicações durante os 90 dias de internação – a mais grave delas uma hemorragia cerebral ocorrida uma semana após a morte do irmão, que originou a Espasticidade, descoberta quando ele tinha sete meses.
Entre os sintomas mais graves da Espasticidade estão a dor constante e a atrofia muscular, que pioram muito com a chegada do frio. A cirurgia, apesar de pouco conhecida no Brasil, poderia ajudar a diminuir a tensão dos músculos e, consequentemente, as fortes dores, garantindo mais qualidade de vida e a chance de ele se desenvolver melhor. O procedimento seria feito no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, por quatro médicos, entre os quais neurocirurgião e eletrofisiologista. “O Erik tem muita energia e vontade de caminhar. É uma criança alegre, que sempre acorda sorrindo, apesar de todos os problemas que enfrentou e enfrenta até hoje. Ele é muito inteligente, só que o corpo não ajuda. Isso ‘corta’ o coração”, emociona-se Daiane.
Aos seis anos, Erik não engatinha nem caminha, apenas se arrasta pelo chão. Desde os nove meses de idade ele faz sessões de fisioterapia – são duas por semana, com duas horas de duração cada – e hoje pratica hidroterapia e conta com acompanhamento constante de pediatra e fonoaudióloga. O menino também chegou a ser submetido a aplicações de botox como forma de relaxar a musculatura – a última foi há um ano, quando os médicos decidiram que a estratégia de tratamento deveria ser mudada porque os resultados já não eram satisfatórios. Surgiu, então, a indicação da cirurgia. O alto custo de manutenção de todo esse acompanhamento inviabiliza que a família consiga juntar o dinheiro necessário para o procedimento, mesmo com os pais trabalhando. Na tentativa de arrecadar a quantia necessária, os pais estão organizando eventos beneficentes e rifas.
“Nós nunca desistiremos dele, amamos muito o nosso filho e sempre faremos o que for necessário para que ele possa evoluir cada vez mais. Um dia, mesmo que daqui a muito tempo, temos esperança de que ele possa caminhar e correr como qualquer criança normal, sem dor e sem limitações”, diz Daiane.
Ajude!
Doações em dinheiro
Caixa Econômica Federal
Agência: 0474
Operação: 013
Conta: 00108170-5
Nome: Erik Nunes Lourenço
CPF: 037.187.300-22
Para contatar a família: www.fb.com/dairodrigo.lourenco
Reportagem: Greice Scotton
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