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Escolas cívico-militares recebem apoio na Câmara, mas segue sem previsão de instalação em Bento

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Os parlamentes de Bento Gonçalves aprovaram uma moção de repúdio à decisão do governo federal de encerrar o programa em nível federal; no RS, Eduardo Leite garantiu que o projeto fica; em 2021, EMEF Maria Borges Frota, no Zatt, recebeu aval e apoio para se enquadrar no modelo estadual, porém, quase dois anos depois, isso está longe de se tornar realidade

Foto: Prefeitura de Rio Grande

Os vereadores de Bento Gonçalves aprovaram, por unanimidade, na sessão ordinária de segunda-feira, 24/07, uma moção de repúdio (22/2023), de autoria do parlamentar Thiago Fabris (Progressistas), à extinção do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) pelo governo Lula (PT). Na justificativa, Fabris afirma que “repudiamos a alegação do atual Governo e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), que afirma que o modelo cívico-militar é ‘um modelo de escola que acaba privando os estudantes de ter liberdade de expressão’, e o fim das Escolas Cívico Militares, visto que para nós, ele se trata de um modelo de gestão que alcança as metas estabelecidas para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), disponibilizando educação de qualidade e transformando nossos jovens em cidadãos melhores.”

Durante a sessão, vereadores se manifestaram. Eduardo Pompermayer (Progressistas) comemorou que o governo Leite não optou pela descontinuidade. “É uma pena ver o governo [federal] descontinuando um projeto que funciona muito bem e há muito tempo. É importante citar que o governo federal descontinuou o projeto das escolas cívico-militares, mas o governo estadual não descontinuou o projeto estadual. O governador Eduardo Leite (PSDB) manteve as escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul.” Pompermayer também relembrou sobre uma já aprovada instalação de escola-cívico militar em Bento Gonçalves (modelo estadual), na EMEF Maria Borges Frota, no bairro Zatt, instalação essa que ainda não saiu da intenção.

Anderson Zanella (Progressistas) foi além e criticou o governo federal e a esquerda. “Esses sindicatos aparelhados pela esquerda, que fazem política invés de defender os verdadeiros interesses dos seus associados. Esses sindicados dos ‘pelegos de esquerda‘, essa ‘pelegada de esquerda’, acionou judicialmente e uma decisão judicial fez com que determinasse esse encerramento dos projetos aqui no estado do Rio Grande do Sul. Mais uma vez esses ‘esquerdopatas’, este governo que hora está o ‘governo da tornozeleira eletrônica’, a quadrilha que governa este país, que já assaltou esse país, esse governo de prisioneiros liberados pelo STF [Supremo Tribunal Federal]”, disse.

Foto: Câmara Bento/Divulgação

Escola em Bento

Em 09 de dezembro de 2021, a prefeitura de Bento Gonçalves realizou uma Audiência Pública para debater o modelo de escola cívico-militar do RS e a possibilidade de instalação na Escola Municipal Maria Borges Frota, única escola de Ensino Fundamental no bairro Zatt. Naquele momento, 96,5% dos presentes se demonstraram favoráveis à adesão do modelo na instituição.

Na ocasião, a secretária de Educação, Adriane Zorzi, salientou que o projeto era importante para o desenvolvimento de ações junto à comunidade. Vale salientar que o bairro já enfrentou momentos tensos de segurança por causa do tráfico de drogas e violência. “Estamos muito felizes com engajamento da comunidade, que veio participar, entendeu o projeto e aceitou a implementação do modelo. Agora vamos seguir com os trâmites junto ao Estado para que no próximo ano o modelo já seja efetivado na escola”, disse Adriane na ocasião.

Foto: Arquivo Prefeitura Bento Gonçalves

Passados quase dois anos da aprovação na audiência, o CAIC – como a escola é popularmente conhecida – continua sem o projeto. O SERRANOSSA perguntou à gestora da pasta quais são os empecilhos para que o programa estadual ainda não esteja em funcionamento.

“O projeto da EMEF Maria Borges Frota ainda não iniciou na prática, pois não foi lançado o edital de contratação de militares da reserva pelo governo do estado. Estamos aguardando a manifestação e orientações do Governo do estado para continuidade”, disse Adriane à reportagem.

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