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Escolinha de Bento inova ao ofertar aulas de Libras para crianças

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Inspirada pelos atletas das surdolimpíadas realizadas na Serra Gaúcha em maio, a diretora da Tempo de Emoções, Siane Fabris, decidiu levar a Língua Brasileira de Sinais para dentro da escolinha. “A nossa missão é proporcionar um mundo justo, igualitário e consciente”, afirma Siane

Ao jantar em um restaurante de Farroupilha no mês passado, a diretora da escolinha de Bento Gonçalves Tempo de Emoções, Siane Fabris, percebeu um silêncio diferente. Mesmo sem o barulho das conversas, os gestos traziam vida ao ambiente lotado de atletas e participantes das surdolimpíadas – realizadas em maio na Serra Gaúcha. “Fiquei encantada e comecei a acompanhar as reportagens sobre eles. Inclusive uma sobre uma escola infantil em Caxias estar ensinando Libras para as crianças”, recorda Siane.

Ao vivenciar um pouco da realidade dos surdos e se encantar pelo universo da Língua Brasileira de Sinais, a diretora decidiu inovar também em sua escolinha. “Falei com a professora do Jardim e ela ficou superentusiasmada, por já estudar e conhecer um pouco de Libras”, conta.

Hoje, os alunos do Jardim A estão participando das aulas com empolgação. A cada 15 dias, o professor Leonardo Flamia Viegas leva conhecimento e muita diversão para crianças de apenas quatro anos. “As crianças amaram! Inicialmente, tentavam se comunicar com o professor por meio da fala. Aos poucos foram compreendendo e gesticulando para tentar uma comunicação”, relata Siane.

É brincando que, de forma natural, os alunos acabam aprendendo a nova Língua. Além das aulas que ocorrem quinzenalmente, as professoras tentam dar sequência aos ensinamentos diariamente. “Durante as nossas tardes, brincamos com o alfabeto em Libras, que possuímos na sala. Dançamos músicas, acrescentando os sinais. Assim as crianças aprendem com facilidade e naturalidade”, explica a diretora.

Mas os aprendizados não são direcionados apenas às crianças. A partir da experiência, toda equipe da escolinha tem entendido a verdadeira importância de inserir esses ensinamentos ainda na infância. “Percebemos a dificuldade que nós, adultos, temos em nos comunicar com o professor Leonardo. Ficamos sem saber o que fazer… perdidas. Mas com certeza essas crianças serão adultos melhores e, consequentemente, teremos uma sociedade mais inclusa”, analisa Siane. “A nossa missão é proporcionar um mundo justo, igualitário e consciente! As crianças são seres puros e não sabem o que é preconceito. Quando crescerem, serão seres mais humanizados, além de manterem a inocência, em busca de um mundo melhor”, finaliza.

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