Esgoto a céu aberto perturba moradores

Sentir o cheiro de esgoto invadindo as casas já não é novidade para os moradores de um trecho da rua Amélio Leonardo Casagrande, no loteamento Bertolini. Há mais de dois anos, eles convivem com um vazamento na tubulação que transporta os efluentes – há dois meses, o problema – que parecia solucionado após uma obra realizada em 2012 – voltou a incomodar.

No local, o odor e as manchas no asfalto denunciam a falha na infraestrutura de saneamento. Ainda em 2011, a secretaria municipal de Obras, na época comandada por Alvory Viccari, havia informado que os defeitos na rede eram causados pelas ligações irregulares feitas pelos novos moradores. O conserto de 2012, que também gerou transtorno, pois manteve uma vala aberta em frente à entrada de algumas residências, teria custado R$ 280 mil aos cofres públicos.

O atual titular da pasta, Valdir Possamai, afirma que o problema, que reapareceu, tem sido monitorado, mas, segundo ele, uma solução deve ser aplicada somente com o fim do inquérito que está sendo conduzido pelo Ministério Público (MP). A promotoria investiga como uma área inicialmente planejada para receber habitações unifamiliares permitiu a construção de vários condomínios em seu zoneamento e pode ser uma das incluídas na análise de irregularidades em mudanças no Plano Diretor, divulgada pelo SERRANOSSA na edição do último dia 12. “É claro que sabemos que aquilo não pode ficar a céu aberto, mas temos que aguardar um encaminhamento do Ministério Público. O que deve acontecer é um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), só que ainda temos que esperar para fazer algo definitivo”, explica Possamai.

Enquanto isso, os moradores seguem cobrando melhorias da prefeitura, mas alegam que o retorno é demorado e que algumas demandas sequer são atendidas. “Eu mesma liguei para o Fala Cidadão umas três vezes. Eles garantiram que viriam, mas não veio ninguém”, relata a dona de casa Cristiane Falk, que também reclama do cheiro de esgoto na rua, ainda mais forte em dias de sol.

Até o fechamento desta edição, o promotor Élcio Resmini Meneses não havia informado o andamento do inquérito.

Queixa antiga

Em março de 2011, o SERRANOSSA já havia noticiado o problema verificado no loteamento Bertolini. Além de informar que o motivo seriam as ligações irregulares à tubulação de esgoto, a secretaria municipal de Obras calculou em R$ 280 mil o custo dos reparos na rua. As obras, em 2012, além de não solucionarem definitivamente a situação, trouxeram novos transtornos a alguns moradores, que tiveram os acessos às residências prejudicados pelo buraco que ficou aberto no local durante meses, gerando nova reclamação.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.


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