Esportivo: faltou o dever de casa

Considerando que recém foi promovido à primeira divisão, o Esportivo encerrou sua participação no Campeonato Gaúcho 2013 com uma campanha satisfatória. A sétima colocação na classificação geral, no entanto, esconde um retrospecto de mandante para ser esquecido.

Em menos de um ano, o Esportivo foi do auge a uma das campanhas mais melancólicas em seu estádio. Em 2012, levantou a primeira taça na Montanha dos Vinhedos e, nesta temporada, em sua volta à primeira divisão, acumulou decepções dentro de casa. Em sete jogos, somou apenas uma vitória. Foram quatro derrotas e dois empates, totalizando um reles aproveitamento de 23,8%. Com aproveitamento superior na classificação geral, Santa Cruz, Cerâmica e Canoas foram rebaixados.

O que salvou o alviazul foi o retrospecto acima da média longe de Bento. Em dez jogos, o time somou cinco vitórias, quatro derrotas e um empate, alcançando um aproveitamento de 53,3%.

A característica da equipe montada pelo técnico Luis Carlos Winck ajuda a explicar os controversos números. Sem um atacante de referência e apostando na velocidade dos laterais e da dupla de ataque, o time foi letal nos contragolpes, mas acabou neutralizado diante de adversários que esperaram o alviazul jogar.

A torcida, por sua vez, também não colaborou para que o time pudesse fazer valer a condição de mandante. Tão ou mais pudico quanto o aproveitamento do Esportivo em casa foi a média de público pagante: minguados 410 por jogo

Melhor campanha desde 2007

A sétima colocação rendeu ao Esportivo sua melhor campanha no Gauchão desde 2007, quando alcançou as quartas de final do torneio – naquele ano disputado em um único turno – e acabou em sexto na classificação geral.

Paulo Josué e Gilian foram os artilheiros da equipe na competição, com cinco gols cada. 

 

Reportagem: João Paulo Mileski


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