Foi uma tarde melancólica na Montanha, assim como foi melancólica toda a trajetória do Esportivo dentro de casa no Gauchão 2013. No jogo em que tinha a chance de compensar a pífia campanha até então nos seus domínios, o alviazul protagonizou ao torcedor, talvez, a maior de todas as frustrações, dadas às circunstâncias da partida.
Só um resultado positivo interessava e o time adotou uma postura agressiva, com a marcação adiantada, logo no início do jogo. Ediglê, aos 10 minutos, recebeu na meia-lua da grande área e arriscou. A bola ainda desviou na zaga antes de trair o goleiro e parar nas redes. Mesmo com a vantagem, o time não diminuiu o ímpeto e, aos 13, veio o segundo. Raone avançou como um ala pela ponta esquerda, deu um corte no marcador e, com a perna direita, mandou para a área. Gilian, bem colocado, marcou seu quinto gol na competição e o segundo do Esportivo na partida.
O alviazul vivia uma tarde de conformidade com seu torcedor como há muito não se via. Faltou, no entanto, regularidade.
Gradativamente, o cenário foi mudando. Aos 30, Leó Maringá cobrou falta, a zaga ficou “presa” no chão e Marcelinho subiu sozinho para descontar. Três minutos depois, Lucas Sotero avançou com a bola dominada e deu um passe no lado esquerdo da grande área, onde o xará Lucas Silva apareceu por trás da zaga e tocou na saída do goleiro: 2 a 2.
Em Canoas, o São Luiz vencia o time da casa por 1 a 0 e uma vitória simples ainda dava a vaga ao alviazul. Aqueles momentos iniciais de arroubo, no entanto, não voltariam a acontecer. O São Luiz foi empilhando gols e dificultando cada vez mais a missão do Esportivo. Aos 25, se não bastasse, Lucas Sotero recebeu a bola de uma cobrança de lateral, invadiu a pequena área e fez o terceiro. Enquanto o Esportivo desperdiçava chances do empate, o São Luiz fez o 6 a 0 e o torcedor foi deixando a Montanha, mais uma vez, funesto com um time que em sete jogos venceu apenas um como mandante.
Com a eliminação, o jogo agora é fora de campo. Nos próximos dias, a direção começará a intensificar a busca por apoiadores para que o fim da linha no Gauchão não signifique, também, o fim da linha na temporada.
Reportagem: João Paulo Mileski
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