Esportivo intensifica os trabalhos físicos para encarar a Divisão de Acesso do Gauchão
O responsável pela preparação física do Esportivo, Cristiano Fronza, encara neste ano o seu maior desafio profissional. Ele já trabalhou no Guarani de Venâncio Aires e também na segunda divisão do campeonato paranaense, além de passar pelas próprias categorias de base do alviazul, e agora tem a missão de deixar o grupo de jogadores afinado para a estreia no Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho, no dia 6 de março.
A tática adotada para otimizar a pré-temporada é promover treinamentos integrados, aliando conceitos físicos e técnicos, com acompanhamento diário do desempenho de cada um dos atletas. Dessa forma, Fronza acredita que será possível alcançar o máximo de rendimento até o próximo mês, quando inicia a caminhada para tentar retornar à elite do futebol gaúcho. Confira a entrevista do preparador físico:
SERRANOSSA – Como foi a chegada dos atletas para o início dos trabalhos?
Cristiano Fronza – Cada um chega com um nível de condicionamento físico diferente. O que fizemos foi avaliá-los de forma individual, inclusive na parte nutricional, e reunir esses dados. A partir deles, a gente cruza as informações, para poder fazer um trabalho conjunto entre a preparação física e a nutrição. Dessa forma, é possível controlar as alimentações. A nutrição não está somente ligada à comida, e sim, também à hidratação dos atletas. Neste início, para o trabalho ser mais homogêneo, nós estamos cruzando dados no final de cada treino, com relatórios diários. Com o passar dos dias, eles se alteram e a gente vai adequando o trabalho normalmente.
SN – Qual é a maior dificuldade nesse início de trabalho da preparação física?
Fronza – Nos primeiros dias, quando apresentamos como seria nossa metodologia, nós tivemos uma aceitação muito grande por parte deles. A entrega e a dedicação deles são elogiáveis. Nos trabalhos dentro da nossa programação sempre é preciso ajustar uma coisa ou outra, mas não temos do que reclamar, pois tem sido um ambiente de muito bom, e a consciência dos atletas é fenomenal. Eles sabem da importância e se dedicam ao máximo.
SN – O momento de maior cobrança com relação a esforço é agora?
Fronza – Depois da primeira parte da preparação, que busca tornar esse grupo homogêneo, e colocar todo mundo o mais próximo possível de nível de condicionamento físico, nós teremos mais controle do grupo e conseguiremos dar menos volume de treino e mais intensidade, partindo para outras etapas, como o ganho de força e, mais à frente, de velocidade, juntamente com o ganho de potência. Sempre que for passar de uma escala para outra, a anterior precisa ser bem feita. É um aumento é gradual e, em alguns casos, também temos que segurar para não correr o risco de lesões.
SN – O período até a estreia, em março, é suficiente para deixar todos atletas 100%?
Fronza – É suficiente, porque trabalhamos de uma forma integrada. Sempre estão presentes os trabalhos técnico, físico, tático, em todos os treinos. Não tem nada isolado. Assim, temos uma otimização desse tempo e o Badico já trabalha dessa maneira desde o terceiro dia, fazendo alguns complementos. Nós não temos mais aquela coisa de o grupo ficar 15 dias com a preparação física e só depois passar para o técnico.
(Foto: Vinicius Mieznikowski)