Estação de Tratamento sem prazo para sair do papel

Apesar das obras para assentamento de redes coletoras estarem em andamento em Bento Gonçalves, o esgoto só começará a ser tratado no município a partir do momento em que estiverem concluídas as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE). Por enquanto, as obras estão concentradas na bacia hidrossanitária do bairro Barracão. O processo licitatório para construção da ETE ainda não tem previsão de início, uma vez que é preciso esperar as liberações ambientais. Apesar disso, o gerente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Claudio Ferreto, diz que as obras estão dentro do cronograma previsto para o município. 

A ETE Barracão está orçada em R$ 6,6 milhões. A previsão da Corsan é de que as obras possam ser iniciadas até o final deste ano. Em função dos atrasos na liberação ambiental, tiveram início as obras de assentamento de redes, um processo inverso ao que normalmente é executado pela empresa. Comumente iniciam-se as obras pela estação de tratamento, para que à medida que as redes coletoras forem sendo assentadas já possa ser feita a conexão com a ETE. Assim que as licenças ambientais forem concedidas, começa o processo licitatório. A previsão de conclusão das obras, depois de concluída a etapa burocrática, é de 360 dias. 

As obras para assentamento das redes começaram em setembro e foram divididas em lotes, para haver maior agilidade. A primeira etapa está sendo realizada na Bacia do Barracão. Na do Burati, os trabalhos estão na fase de apresentação de projetos para posterior lançamento dos editais. A expectativa é que parte das obras comece até o final do ano. A intenção é iniciar os trabalhos pela ETE, caso não haja entraves ambientais. Somando as duas grandes bacias, as obras totalizam o assentamento de mais de 60 quilômetros de redes coletoras. A captação de recursos para as obras fica a cargo exclusivamente da Corsan. Com a conclusão das duas grandes bacias, ainda restarão obras a serem feitas na bacia do Vale dos Vinhedos, ainda sem prazo definido.


Plano Municipal de Saneamento

Em março de 2010, quando a prefeitura de Bento Gonçalves renovou o contrato com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) por 25 anos, uma das cláusulas incluídas foi a implantação do sistema de tratamento de esgoto no município. Na ocasião, o Plano Municipal de Saneamento (PMSA), elaborado na metade de 2009, foi transformado em lei. O documento traça metas para coleta e tratamento de esgoto em Bento Gonçalves. De acordo com o PMSA, 20% das residências deveriam ser abrangidas pelo serviço até o final de 2011. Para este ano, o percentual estimado é de 30%. Em 2013 e 2014 as metas estabelecem 60% e 65%, respectivamente. O possível atraso no cumprimento das metas já havia sido noticiado pelo SERRANOSSA ainda no ano passado, devido ao prazo necessário para conclusão das obras.

 
Reportagem: Carina Furlanetto

 

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