Estado apresenta primeiro estudo sobre pessoas com autismo a partir de dados da Ciptea

Pesquisa contou com 4.074 pessoas e está disponível para download

O governo do Estado, por meio da Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social e da Faders – Acessibilidade e Inclusão, apresentou nesta terça-feira, 24/05, no Palácio Piratini, a primeira pesquisa com base nas 4.074 carteiras de Identificação do Transtorno do Espectro Autista no Rio Grande do Sul (CIPTEA) expedidas pela fundação.

A pesquisa está disponível no site da FADERS e pode ser baixada aqui. Anualmente, sempre no mês de abril, dedicado à conscientização sobre o Autismo, os dados serão atualizados. Este primeiro estudo aponta informações relevantes relacionados à assistência social, à educação, à saúde, ao emprego e à renda.  

Na abertura, o presidente da FADERS, Marquinho Lang, destacou que, até então, os dados sobre autismo utilizados no Brasil tomam por base pesquisas feitas em outros países. “Hoje se fala que há uma pessoa com TEA para cada 44 nascidos. Mas essa é uma realidade americana. Não é a nossa, porque tem uma aí uma questão sociocultural. Este é um momento histórico para todos nós da FADERS. Estamos apresentando para o Estado, para o país, os primeiros números de uma pesquisa séria, responsável, que muda a história das políticas públicas para o autismo”, afirmou.

Em sua apresentação, a diretora técnica, Ana Flávia Beckel Rigueira, ressaltou que a intenção de realizar a pesquisa acompanhou o processo de criação da Ciptea do RS. “Nossa preocupação não era de fazer só uma carteira, mas ter a Ciptea como um importante recurso para construirmos uma base de dados para subsidiar pesquisas e, então, propormos políticas púbicas que sejam adequadas às demandas desta população”, revelou. “Hoje é um dia muito especial, cheio de significado pra nós, porque tínhamos essa preocupação de fazer um trabalho que pudesse subsidiar, trazer informações significativas da população com autismo do Estado”, completou.

A secretária da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social, Márcia Pires de la Torre, reforçou a importância do estudo para nortear programas e ações do governo estadual e dos municípios focadas nas pessoas com autismo. “Esta primeira pesquisa é inédita no país. Preenchemos uma lacuna histórica, já que não há, no RS e no Brasil, dados suficientes sobre as pessoas com autismo, o que configura um descaso imperdoável. Esperamos com isso amenizar a angústia de pais, mães e familiares quando sentem a precariedade dos recursos disponíveis para atender a singularidade de seus filhos”, acrescentou.

Compuseram a mesa juntamente com a secretária o presidente da Faders e a diretora, a representante da Rede Gaúcha Pró-Autismo, Sheila Menegotto; e a representante da Defensoria Pública, defensora Liliane Paz Deble. Presenciaram o lançamento da Pesquisa, ainda, a secretaria de Saúde, Arita Bergman; a secretaria de Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann; deputados estaduais, vereadores e dirigentes de entidades de defesa dos direitos das pessoas com autismo.

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