Estado de greve se mantém no Tacchini
Além de manterem o estado de greve, funcionários do Hospital Tacchini, representados pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (SindiSaúde) e pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs), decidiram, nesta semana, ingressar com uma ação coletiva contra a instituição. O processo pedirá a revisão do grau de insalubridade pago atualmente, de 20% para 40% sobre o salário-base.
De acordo com o presidente do SindiSaúde, Danilo Gonçalves Teixeira, o grupo aguarda um novo posicionamento da direção do hospital para marcar mais uma reunião de negociações, que desta vez deve ser focada principalmente nas questões ligadas aos enfermeiros. Segundo ele, apesar de não estar prevista uma próxima assembleia, a espera deve se manter até meados da semana que vem.
Teixeira afirma que ainda não está descartada a possibilidade de paralisação das atividades, mas a greve seria uma “atitude extrema, quando não houvesse mais esperança de negociação”. “Se fosse hoje, por exemplo, certamente teríamos uma adesão muito significativa, porque há um descontentamento muito grande dentro do hospital. Nós queremos chegar a um entendimento, mas, para isso, é necessário que eles sinalizem com alguma coisa concreta, com algum ganho verdadeiro. Até agora, além de não ter nenhuma proposta imediata, é tudo muito subjetivo e não tem garantia de avanço nenhum”, diz.
O presidente do sindicato garante que os pedidos dos funcionários, que também contemplam redução de jornada para 36 horas e vale-alimentação de R$ 150, além da elaboração de um plano de cargos e salários – já prometido pelo Tacchini para fevereiro de 2016 – são reivindicações mínimas da categoria. “São demandas possíveis de serem atendidas, e não há porque a direção do hospital afirmar surpresa quanto aos pedidos. Apesar de a convenção coletiva estar sendo cumprida, ela baliza por baixo os direitos dos trabalhadores, e não aborda situações específicas do Tacchini, que é muito forte na região, mas dá benefícios mínimos aos funcionários. É uma potência, mas focada apenas no crescimento da própria instituição, e não de quem trabalha nela”, conclui Teixeira.
Tacchini espera notificação
A superintendência do Hospital Tacchini informou, por meio de sua assessoria, que ainda não havia sido comunicada da última decisão tomada em assembleia. A instituição pretende se manifestar somente após ser notificada.
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