Estado promete iniciar obras em 30 dias

Com o decreto de situação de emergência previsto ainda para esta semana, o Governo do Estado pretende ter em, no máximo, 30 dias, o projeto de restauração de pelo menos 12 quilômetros da ERS-431 finalizado. A intenção é que entre o final de 2013 e o começo de 2014 uma empresa contratada, pelo Executivo gaúcho sem a necessidade de licitação, possa iniciar as obras de recuperação da estrada que une Bento a Guaporé e está interditada desde a última sexta-feira, 22, após um grande deslizamento próximo ao quilômetro 14.

O anúncio partiu do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, João Victor Domingues, que esteve na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, na tarde desta segunda-feira, 25. Segundo ele, o objetivo é também inserir no novo projeto a construção das cabeceiras da ponte sobre o arroio Santa Bárbara e a instalação de uma nova sobre o arroio Claudino, além da conclusão da pavimentação em outros trechos que, somados, totalizam pouco mais de 2,5 quilômetros e há anos são reivindicados pelas comunidades regionais. “Ou a gente faz uma solução por inteiro, ou não faz. Não adianta mais nenhuma medida paliativa, talvez seja até por isso que chegamos ao ponto em que está hoje. É uma situação da mais alta gravidade e não podemos mais esperar para resolvê-la de forma definitiva. Temos recursos para isso, mas precisamos de uma empresa de grande porte que tenha condições de executar”, ressalta Domingues. De acordo com ele, as intervenções não devem custar menos de R$ 30 milhões aos cofres públicos.

Segundo avaliação de técnicos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), foram constatadas pelo menos oito áreas de instabilidade na ERS-431. Durante a reunião na Câmara, uma das sugestões apresentadas por deputados que participaram do encontro foi a participação do Exército na construção de uma travessia temporária, já que as obras devem durar meses. O principal temor de lideranças da região é a proximidade da colheita da uva, que pode ter seu escoamento prejudicado pelas dificuldades de tráfego. “Precisamos salvar a safra e esperamos que não seja apenas mais uma promessa do Estado. Não queremos que fique apenas na palavra. Esse passivo histórico tem que ser sanado agora”, conclui o prefeito Guilherme Pasin.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.

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