Relato de paciente: hipnose condicionativa ajuda a tratar depressão e ansiedade

“Não conseguir levantar da cama, me arrumar e sair para trabalhar era uma realidade para mim. Meu chefe era do tipo que adoece os funcionários e isso, associado a uma baixa autoestima e uma sensação de que tudo daria errado o tempo todo, estava me enlouquecendo. Ao mesmo tempo, meu marido dizia que era besteira e parecia que eu andava em círculos. Não dava conta de tudo que eu tinha para fazer porque simplesmente não conseguia me concentrar, vivia ansiosa, dormindo pouco e mal e com uma vontade constante de chorar. Eu me sentia travada, triste, desesperançosa”, lembra a auxiliar de escritório Maria, de 28 anos. Sem saber ao certo onde procurar ajuda, ela seguiu o conselho de uma amiga que havia passado por problemas semelhantes e encontrou na hipnose condicionativa um alento. “Confesso que comecei meio receosa. Parecia bom demais para ser verdade. Eu queria muito melhorar e fui com esse pensamento. Após a terceira sessão eu já me sentia muito melhor, comigo mesma, com o meu trabalho e no meu relacionamento. Entendi que era eu que precisava dar um basta em certas coisas que me faziam mal e, acima de tudo, que não era preciso ser perfeita o tempo todo. Foi uma mudança drástica, mas sem sofrimento”, comemora a auxiliar de escritório.

Depressão, baixa autoestima e ansiedade, como no caso de Maria, são problemas com os quais a maior parte das pessoas precisa conviver diariamente, sobretudo em tempos de correria e estresse. Uma das formas de aprender a lidar com eles é a hipnose condicionativa. “É uma técnica terapêutica nova e segura, realizada apenas em consultório, que busca melhorar a vida das pessoas, resolvendo diversos problemas. Além de depressão, baixa autoestima e ansiedade, pode ajudar com medos, desânimo, insônia, obesidade e com hábitos nocivos, por exemplo”, diz a hipnóloga condicionativa Adriele Sopelsa, de Garibaldi.


Indicações da Hipnose

A hipnose é indicada para uma série de situações, incluindo traumas, mas na sessão a pessoa não sofre novamente  revivendo-os, como ocorre em outras técnicas. “A hipnose condicionativa não tem o objetivo de descobrir a causa que originou o problema, mas, sim, solucioná-lo, também recondicionando o paciente para novas maneiras de agir e viver e isso faz com que haja uma melhora na sua qualidade de vida. O trauma não é revivido como em outras técnicas”, esclarece Adriele.


É preciso querer

A hipnóloga condicionativa diz que os resultados variam de pessoa para pessoa e alerta que o primeiro passo é querer mudar de verdade, não só “da boca para fora” – não adianta, por exemplo, alguém com dependência química começar a fazer o tratamento porque a esposa ou o marido exigiram – a pessoa precisa estar consciente de que quer mudar, seja em que situação for. Adriele comenta que, em geral, a diferença começa a ser percebida a partir da terceira sessão e que essa rapidez nos resultados é possível porque através da hipnose condicionativa ocorre uma “limpeza” de bloqueios e traumas. “As pessoas sentem mais calma e tranquilidade para lidar com os desafios ou conflitos no cotidiano e relatam melhora no sono e na autoestima, o que impacta na qualidade de vida e nos relacionamentos”, detalha.