Ex-presidentes são ouvidos na CPI da Fenavinho

Acompanhados por seus advogados, os ex-presidentes da Fenavinho deram seu depoimento na manhã desta terça-feira para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a situação financeira da festa. O primeiro a depor foi Tarcísio Michelon, ex-presidente de 2009. Ele deixou a Fenavinho com R$ 138.650,48 em débitos.  “Houve um acidente de percurso. Era previsto que a festa resultaria em lucro, mas em virtude da crise que assolou o país em 2008, empresas como Petrobras e Bradesco diminuíram a verba destinada à Fenavinho”, destacou.  

Ele chegou a afirmar que não entendeu o porquê de ter sido convocado a depor na Câmara, pois já havia feito prestação de contas em duas oportunidades. Questionado sobre os motivos de a feira ter deixado dívidas, Michelon afirmou que isso se deve a “forças estranhas” que não se identificam e atrapalharam o seu trabalho. Ele definiu os débitos deixados na sua gestão como sendo irrisórios. Já o ex-presidente da gestão de 2011 da festa, João Strapazzon, atribuiu a dívida de R$ 1.062.699,74, deixada pela sua gestão, à falta de auxílios públicos.

“Havíamos a verba da União de R$ 1.562.942,28 aprovada, porém, devido a troca de governo, ela não foi publicada em tempo hábil no Diário Oficial da União e não a recebemos. Também houve redução do repasse municipal”, destacou Strapazzon. Segundo ele, caso esses valores tivessem sido liberados a feira apresentaria lucro. A oitiva de outros membros da diretoria da feira foi suspensa pelos parlamentares.


Reportagem: Elisa Rossi Kemmer

É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.