Exercício em excesso faz mal ao coração?
Minha Vida
Uma alimentação calórica, sedentarismo, alto consumo de bebidas alcoólicas e cigarros são verdadeiros inimigos de uma vida saudável – o que é sabido. Mas será que praticar muito exercício também pode ser um vilão para a saúde, especialmente ao coração? De acordo com pesquisadores de universidades do Texas (EUA), a resposta é: não.
O estudo, publicado no jornal JAMA Cardiology, selecionou mais de 27 mil participantes que faziam no mínimo cinco horas de exercícios físicos por semana a um ritmo de 9,6 km por hora. Ou seja, aqueles que, segundo os cientistas, praticam atividades com carga e intensidade elevadas – como natação, pedalada e corrida.
Para identificar se os indivíduos tinham algum risco cardíaco associado ao excesso de exercícios, responderam a questionários e realizaram o Escore de Cálcio Coronário. Este escore é um exame capaz de identificar se as artérias que transportam sangue ao coração estão calcificadas. Assim, é possível avaliar as probabilidades de uma pessoa ter ataque cardíaco. Isso porque a calcificação de paredes vasculares é um dos sinais de aterosclerose (endurecimento de artérias) que, por sua vez, pode levar ao infarto.
A pesquisa comparou, ao longo de 10 anos, os resultados obtidos com de pessoas que já tinham uma calcificação avançada nas artérias. Assim, os pesquisadores apontam que chances de problemas cardíacos devido à alta intensidade de treino não variaram significativamente entre participantes com maior ou menor risco cardiovascular.
Portanto, a pesquisa conclui que praticar atividades físicas, mesmo que com carga elevada, não apresenta perigos diretos ao coração. Mas lembre-se que o excesso de exercício aumenta risco de lesões articulares e musculares; então, sempre busque acompanhamento profissional e faça exames regularmente.