Na abertura da 30ª Convenção Gaúcha de Supermercados e a Feira de Produtos, Equipamentos e Serviços (Expoagas 2011), realizada na última terça-feira, dia 23, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, destacou o bom momento para o setor no Estado. Os gaúchos tiveram uma participação maciça no evento deste ano, representando 77,88% dos expositores. A feira encerrou na quinta-feira, dia 25, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.
Longo aproveitou a presença de autoridades políticas e empresariais para fazer algumas reivindicações. “É inaceitável que tenhamos o penoso título de campeões mundiais dos encargos trabalhistas, enquanto outros países estimulam, em suas políticas públicas, o crescimento de suas empresas”, alertou. Para o dirigente, temas como seguro-desemprego, ampliação do Regime de Substituição Tributária, em nível estadual, e desoneração de produtos como a carne, em plataforma federal, são medidas urgentes de estímulo à continuidade do crescimento e aumento da formalidade de trabalho.
Durante a solenidade de abertura, a Agas prestou uma homenagem aos expositores da primeira Convenção Gaúcha de Supermercados, realizada no Salão de Atos da PUCRS, em agosto de 1981, com a participação de 220 pessoas. As fornecedoras agraciadas foram a Filizola, a Bettanin, a Neugebauer, a Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves, a Filler (atual Germani), a Isabela, a Excelsior (atual Sadia), a Ritter, a Termolar e a Melitta. Além dos 30 anos da Expoagas, 2011 marca a passagem dos 40 anos da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS) e das três décadas de atuação da Revista Agas.
A organização previu um total de 38 mil participantes em três dias, com a superação dos R$ 270 milhões em negócios estimados inicialmente pela Agas. O grande desafio foi congregar mais de 3.768 empresas compradoras – número registrado em 2010. “Dos 334 expositores, 77,8% são gaúchos, enquanto nos supermercados do Estado a participação de indústrias gaúchas chega a no máximo 40% do mix das lojas, alavancada pelos perecíveis”, apontou Longo. Além do varejo gaúcho, a Expoagas 2011 recebeu supermercadistas de, pelo menos, 18 estados brasileiros e seis países latino-americanos, em busca de novos fornecedores e de atualização sobre as principais tendências do segmento supermercadista brasileiro.
Eventos paralelos
Com o objetivo de discutir o real impacto das sacolas plásticas para o futuro do varejo, do meio ambiente e da forma de consumo da sociedade, foi realizado o Fórum Ambiental – Sacolas Plásticas: problema ou solução?, painel que integrou as atividades paralelas da Convenção.
O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, defendeu a permanência das sacolas no mercado. “Ainda não existe material mais prático e benéfico para o meio ambiente e as sacolas plásticas já estão totalmente associadas à separação do lixo. Além disso, o plástico tem alto potencial energético e pode ser reaproveitado de diversas formas”, argumentou.
O coordenador do Movimento Brasil Eficiente, Paulo Rabello de Castro, fez a palestra magna de abertura do evento. Ele falou sobre o tema: “Perspectivas e entraves para a economia brasileira”. Para o analista, Ph.D em Economia pela Universidade de Chicago (EUA), deve ocorrer um agravamento da crise euro-americana, levando a uma contração do crédito global até meados de 2013. “Mas as perspectivas para o Brasil, se promovermos as mudanças necessárias, são extraordinárias para os próximos anos”, avaliou.
Rabello apontou que os Estados Unidos e países europeus devem criar novos tributos para superar as dificuldades, enquanto o Brasil deve seguir uma linha contrária. “O antídoto para crise, por aqui, é acelerar investimentos. O Brasil precisa ser mais competitivo. Não podemos perder esta oportunidade”, ressaltou. Também foram realizados seminários, numa programação paralela à Convenção, com o Professor Gretz, Augusto Cury, Mario Cortela, Família Lima, Nelma Penteado e Washington Olivetto.
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