ExpoAgas comemora crescimento de 11,1% em negócios

Corredores lotados, talões de pedidos sendo preenchidos a todo momento, expositores exibindo novos produtos e muita gente buscando qualificação. Assim se resumem os três dias da 34ª Convenção Gaúcha de Supermercados – ExpoAgas 2015. O evento, que encerrou nesta quinta-feira, dia 27, reuniu 342 expositores na Fiergs, em Porto Alegre, prestigiados por mais de 44,1 mil visitantes.

Números preliminares divulgados na tarde de quinta-feira, em coletiva de imprensa, apontam que a geração de negócios foi de aproximadamente R$ 409 milhões, dado considerado um sucesso pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), organizadora da feira, por se tratar de um total 11% maior do que no ano passado. Os principais fornecedores do Rio Grande do Sul e de outros estados apresentam o que há de melhor para os visitantes que, em sua maioria, são supermercadistas oriundos de diferentes cidades e que vão à feira para comprar ou prospectar.

Novidades da Serra

Os lançamentos chamaram a atenção de quem passou pela feira. As marcas de Bento e da região não mediram esforços para apresentar novos produtos que, em menos de 15 dias, já devem estar nas gôndolas dos supermercados. A Vinícola Aurora, por exemplo, lançou seu suco de uva integral na embalagem Tetra Pak, de 1 litro e de 200 ml, para atender aos mais diferentes perfis de consumidores. Já a Vinícola Gran Legado apresentou o seu Espumante Brut Rosé Champenoise e o Origine, vinho merlot/tannat. A Suvalan apresentou o suco de abacaxi e o suco misto de maçã e pêssego. A Orquídea, por sua vez, lançou dois novos sabores de cookies integrais: um de banana e aveia e outro de limão, castanha de caju e aveia.

Palestras de peso

Preocupada em oferecer qualificação, novas formas de ver o negócio e de melhorar os relacionamentos dentro das empresas, a Agas também proporcionou uma série de palestras, visitas técnicas e seminários. O momento mais aguardado foi a vinda do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que simplesmente lotou o auditório da Fiergs e outras três salas da entidade, onde o público assistiu às explanações por meio  de telões. Joaquim abordou a temática “Ética na política e nos negócios”.

Quem também lotou os salões de eventos foi a Família Lima, bem como o jornalista Caco Barcellos. A banda, composta por Amon, Moisés, Lucas, Allen e José Carlos Lima, fez uma palestra/show, intitulada “Equipe Afinada”, e contou a história do grupo com canções clássicas e participação da plateia. Na ocasião, Lucas falou sobre o ritmo que tocam e destacou que qualidade é importante, mas não o suficiente. “Fazer bem feito é fundamental, mas é preciso levar a música aonde as pessoas estão”, disse. “Todas as áreas possuem a sua partitura, a sua regra, algo que precisa ser feito. Descubra qual é e vá além”, completou. Já a Agas Jovem trouxe Caco Barcellos, que abordou empreendedorismo, suas experiências como jornalista e a ética na profissão.

Reivindicações

Como é de praxe, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o bento-gonçalvense Antônio Cesa Longo, aproveitou a presença de autoridades, empresários, supermercadistas e imprensa durante a abertura da ExpoAgas para se posicionar sobre os principais gargalos que são destaque no país e no Estado. O alvo de críticas do líder foi o aumento da alíquota básica do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), medida que o governador José Ivo Sartori encaminhou para análise da Assembleia Legislativa.

De acordo com Longo, a elevação da carga tributária do ICMS trará queda da atividade econômica, com a inevitável diminuição da arrecadação, além de provocar a perda da competitividade na atração de novos investimentos frente aos demais estados. “Quanto a população gaúcha terá de pagar nesse jogo político que está definindo a formação da base partidária que aprovará o projeto de aumento de impostos? O contribuinte será onerado para que o governo consiga a aprovação de tal medida e, depois, ainda será sobretaxado no ICM por esse aumento totalmente fora dos padrões. Enquanto isso, vemos com tristeza a notícia de que o governo ainda tem 40% de cargos de confiança guardados para usar na necessidade de novas composições políticas. A quem serve o nosso governo, ao povo ou aos políticos?”, questionou, afirmando que os empresários não desejam que as empresas tenham de escolher entre pagar impostos ou pagar salários, o que poderá acontecer com a alta de tributos. “Permitam que a classe empresarial siga pagando quem produz e faz as empresas prosperarem, gerando renda e movimentando a economia, e não direcionem esses recursos para quem cada vez mais onera e engessa as atividades das empresas”, concluiu o presidente.

 

Reportagem: Raquel Konrad

 

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