O último relatório da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) revelou uma queda nas exportações gaúchas. Apesar de os dados revelarem a queda de 2,8 pontos no mês de maio, em comparação ao mesmo período do ano passado, as vendas para países como Peru, Chile e Uruguai cresceram.
Entre os motivos para a situação, está o fato de barreiras comerciais argentinas impedirem a compra de móveis do Brasil e de outros países. “O aumento do consumo de móveis gaúchos pelo Uruguai, por exemplo, é fruto de uma mudança de perfil destes consumidores, afetados pelas medidas protecionistas da Argentina”, aponta o presidente da Movergs, Ivo Cansan.
Medidas de incentivo
Os benefícios que têm sido anunciados pelo governo federal, a fim de incentivar a economia são de grande valia para o setor moveleiro, conforme Cansan, porém ainda não surtiram os efeitos esperados. “O Reintegra, por exemplo, ainda gera dúvidas entre as empresas moveleiras, que não sabem ao certo como usufruir deste benefício”, elenca. “A questão da desoneração da folha de pagamento só entrará em vigor em agosto e isto, sim, poderá ser um diferencial”, completa. “O que podemos perceber é que as medidas que realmente irão beneficiar os exportadores, aquelas em que o governo tem que abrir mão de arrecadação, são muito demoradas e, por vezes, este atraso acaba prejudicando o projeto todo”, observa Cansan.
No momento em que estas medidas entrarem em vigor, de alguma forma, beneficiarão os exportadores, segundo o presidente da entidade. “Com isto, talvez consigamos ganhar espaço e mais mercado perante os concorrentes globais”, frisa. “Com a alta do dólar e as medidas de incentivo, temos a certeza de que responderemos mais rapidamente às nossas próprias expectativas, na busca pela retomada dos números positivos”, conclui.
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