Exposição “Giba Giba, O Guardião do Sopapo”, estreia nesta terça-feira no Museu do Imigrante
A mostra traz um vasto conteúdo histórico de um artista negro que por 60 anos resgatou, promoveu e tocou o sopapo, tambor genuinamente gaúcho
Nesta terça-feira, 09/08, ocorre abertura da exposição “Giba Giba, O Guardião do Sopapo”. A mostra em itinerância, poderá ser conferida no Museu do Imigrante até 9 de setembro, e é realizada em parceria com o Museu Julio de Castilhos, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, em co-realização com a MS2 Produtora de Sandra Narcizo. A abertura da exposição ocorre às 19h.
A exposição apresenta uma panorâmica dos 73 anos de vida do artista Giba Giba, por meio de fotos de família, objetos de uso em suas rotinas pessoais, objetos cênicos e figurinos de apresentações. Há também fotos do festival que reintroduziu o sopapo na cultura gaúcha – o CABOBU, além do sopapo do Giba Giba e um vídeo do filho do músico, Eduardo Nascimento, tocando o instrumento, entre outros elementos museográficos que apresentam a história e o pensamento deste protagonista afro gaúcho, agraciado pelo Prêmio Açorianos de Música de 1993.
De acordo com sua idealizadora, Sandra Narcizo, Giba Giba é uma personalidade negra que por 60 anos resgatou, promoveu e tocou o sopapo, tambor genuinamente gaúcho, que é hoje considerado Patrimônio Imaterial da Cidade de Pelotas e que ruma ao reconhecimento de Patrimônio Imaterial do Estado do Rio Grande do Sul. Giba Giba deixou um vasto legado, na arte e na história, ao resgatar a importância cultural do instrumento, culminando no festival CABOBU.
A historiadora e colaboradora do Museu do Imigrante Angela Marini destaca que a mostra tem uma relevância e riqueza histórica muito grandes. “O Museu do Imigrante fica muito feliz em receber essa exposição, por que, além de firmar parcerias com outras instituições de memória, traz uma exposição que fala sobre a vida e a trajetória de um artista gaúcho negro. O trabalho do Giba Giba é tão significativo para o cenário cultural que ele é considerado o guardião do sopapo, que é muito relevante principalmente pra cultura afro-gaúcha”, afirma.
Os dias e horários para visitação são de terça a sexta-feira, das 8h às 17h e sábados das 08h às 12h e das 13h às 17h. A entrada é gratuita.