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Facebook anuncia novo nome em conferência anual

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Nesta quinta-feira, 28/10, durante a conferência anual “Connect”, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que a empresa passa a se chamar “Meta”. “Aprendemos muito ao enfrentar questões sociais e viver em plataformas fechadas, agora chegou a hora de pegarmos tudo o que aprendemos e ajudar a construir o próximo capítulo”, disse Zuckerberg no evento. Ele garantiu que os aplicativos controlados pela marca – Facebook, Instagram e WhastApp – não passarão por mudanças.


Além da mudança de nome, Zuckerberg revelou que, com o tempo, espera que a empresa de tecnologia seja vista como “metaversa”, conceito já usado pelo CEO em outros anúncios. “Somos uma empresa que desenvolve tecnologia para conectar […] Juntos, podemos finalmente colocar as pessoas no centro de nossa tecnologia. E, juntos, podemos desbloquear uma economia de criadores muito maior”, destacou Zuckerberg.

Desde setembro, o Facebook vem anunciando investimentos robustos para o fortalecimento da Realidade Virtual (VR) em sua plataforma. Recentemente, a empresa anunciou planos de contratar 10.000 pessoas na União Europeia para desenvolver o “metaverso”, com Zuckerberg se colocando na vanguarda da promoção deste conceito.

O jornal The Washington Post sugeriu no mês passado que o interesse do Facebook no metaverso é “parte de um impulso maior para reabilitar a reputação da companhia com os legisladores e reposicionar o Facebook para dar forma à regulação das tecnologias da Internet”.

Minutos após o anúncio, a novidade provocou reações de usuários e empresas. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, usou a própria rede para comentar. “meta: referindo-se a si mesmo ou às convenções de seu gênero; autorreferencial”, escreveu.

Empresa vem sendo alvo de críticas
Após a revelação de documentos internos pela ex-funcionária da rede Frances Haugen, o Facebook passou a ser alvo de críticas da imprensa mundial e do mercado. Os documentos tratam de estudos internos que mostram que a empresa conhecia o dano potencial que seus sites provocam. Isso levou com que legisladores americanos voltassem a fazer pressão por sua regulação. “As críticas de boa fé nos ajudam a melhorar, mas na minha opinião, o que vemos é um esforço coordenado para usar seletivamente documentos vazados para criar uma imagem falsa da nossa empresa”, rebateu Zuckerberg.

Na semana passada, os críticos haviam levantado a possibilidade de que a troca de nome seria apenas para distrair a atenção dos recentes escândalos e polêmicas que têm a rede social no centro. Um grupo que se autodenomina “A verdadeira junta de supervisão do Facebook” alertou que grandes corporações, como por exemplo companhias petroleiras e de tabaco, mudam de nome para “desviar a atenção” de seus problemas. “O Facebook acredita que mudar de nome os ajudará a mudar de assunto”, alertou o grupo na semana passada, acrescentando que o “verdadeiro problema” é a necessidade de supervisão e regulamentação.

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