Falta de atenção: acidente com Maria Fumaça reacende debate sobre sinalização

Um acidente entre a Maria Fumaça e um automóvel, no último dia 19, reacendeu a polêmica, principalmente nas redes sociais, quanto à necessidade de melhorias na sinalização do trecho urbano por onde passa o trem, em Bento Gonçalves. Tanto a empresa operadora da Maria Fumaça quando o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (SMURB) destacam que a sinalização está adequada; porém, falta atenção dos condutores.

Conforme o secretário Mauro Moro, o Plano de Mobilidade Urbana não prevê nenhuma alteração específica para os trechos em que há cruzamentos com os trilhos. “Temos conversado com a cessionária do serviço, para que tenhamos algum tipo de sinalização luminosa nos cruzamentos, para o período da noite, e sonora, durante o dia”, pondera.

A diretora da empresa Giordani Turismo, Susana Tercila Giordani, descreve que a companhia segue o que prevê o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), em especial o artigo 29 – que, em seu inciso XII, estabelece que os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação – e o Regulamento Geral de Operações (RGO). Ela assegura, ainda, que a sinalização recebe manutenção periódica, para estar sempre em bom estado de conservação.

No trecho urbano, a velocidade da Maria Fumaça é reduzida e avisos sonoros (apitos) são emitidos, como forma de alertar os condutores e pedestres de que o trem está próximo, a fim de evitar fatalidades. Os índices de acidente com esse tipo de veículo no município são bastante raros e, de acordo Moro, ocorre, em média, um a cada dois anos.

A orientação é que os condutores, ao transitarem por um trecho com passagem da Maria Fumaça, parem, escutem e observem. Caso o trem esteja se aproximando, a indicação é que permaneçam parados, dando-lhe prioridade de passagem, evitando também, parar sobre os trilhos.

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