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Falta de escolas no bairro Caminhos da Eulália preocupa moradores

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Comunidade tem relatado também as dificuldades encontradas em conseguir vagas em escolas de outros bairros

Foto: Google Maps

Uma escola infantil e uma escola de ensino fundamental no bairro Caminhos da Eulália é um desejo antigo dos moradores, especialmente diante do expressivo crescimento da população nos últimos anos. Nesta semana, a reivindicação foi tema de um pedido de informações feito pelo vereador Marcos Barbosa (Republicanos) ao Executivo. O documento, lido na sessão da última segunda-feira, 27/06, questiona a prefeitura se há planos para a construção de escolas no bairro. Após o recebimento, o município tem o prazo de 15 dias para responder a solicitação.

Na justificativa do pedido, Barbosa destaca que a falta de escolas nos Caminhos da Eulália obriga que os estudantes tenham que se deslocar a outros bairros, o que demanda o pagamento de transporte particular ou os riscos de atravessar a BR-470.

Para o presidente da comunidade, Rosano Luis Lemos, a demanda por escola é um problema que vem trazendo transtornos às famílias há muito tempo e já poderia ter sido solucionado. “Tem área verde para construir escola e creche. Os pais dependem de vários bairros para deixar as crianças e jovens”, relata. Segundo ele, os estudantes da Eulália acabam sendo matriculados em escolas do bairro São Roque e até mesmo no bairro São Francisco, cerca de 5,5km de distância de casa. “Criança pequena ter que sair seis horas da manhã, fica muito difícil para a família”, destaca Lemos.

Outro morador do bairro também relata que a falta de escolas infantis municipais no bairro prejudica as famílias que mais precisam. Ele conta que tem encontrado dificuldade para matricular o filho de três anos próximo de casa. “Faz três anos que estamos correndo atrás e não conseguimos vaga para o nosso filho. Nunca tem vaga no São João [bairro mais próximo]”, afirma. No momento, é a esposa dele que tem ficado com a criança em casa, o que a impede de trabalhar fora. Uma alternativa são as vagas compradas pela prefeitura em escolas particulares. Porém, de acordo com o morador, o valor não é acessível. “Não temos condições de pagar. Colocamos na ponta do lápis os custos e passava de mil reais por mês”, diz.

De acordo com a secretária de Educação do município, Adriane Zorzi, a demanda dos moradores está sendo analisada pela pasta. Embora não tenha mencionado nenhum projeto específico para o bairro, ela destaca que investimentos recentes têm sido feitos pela prefeitura na área da educação, como a construção de novas escolas nos bairros Zatt e Fátima, além de parcerias com a iniciativa privada na região norte. “Neste ano iniciamos uma parceria inovadora com a UCS, que ampliou o número de vagas oferecidas. Toda solicitação é recebida e analisada por nossas equipes, que verificam viabilidade e necessidade da região”, afirma.

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