Falta de espaço preocupa delegados

A vinda de um maior efetivo para a Polícia Civil de Bento Gonçalves tem sido uma reivindicação recorrente de delegados, autoridades da área da segurança pública e da própria comunidade. Apesar de ainda não ter sido atendida, essa demanda já gera novas preocupações: a falta de espaço para que os novos servidores que venham a ser designados possam trabalhar. O problema é mais evidente na 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), responsável, entre outros, pela investigação de crimes de roubo. Na 1ª DP, a eventual falta de salas foi solucionada com a recém-realizada reforma na estrutura, noticiada pelo SERRANOSSA. Já na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), que funciona 24 horas, a escassez de espaço deve ser resolvida com a implantação da Delegacia da Mulher. Após a transferência para o novo prédio, onde hoje funciona o Sistema Nacional de Emprego (Sine), as três salas ocupadas pelo Posto da Mulher atualmente ficarão à disposição. Ainda não há prazo previsto para a mudança. 

“Se recebermos novos profissionais, não teremos salas para eles trabalharem. Mesmo assim, necessitamos de mais efetivo. Talvez uma alternativa seria a construção de mais um piso no prédio”, analisa o delegado titular da 2ª DP, Álvaro Pacheco Becker. A reivindicação por mais efetivo ganhou força em função da proximidade da formatura de novos policiais civis, no concurso público realizado pelo Estado no ano passado. Entretanto, até agora, não há sinalização positiva no que diz respeito à vinda de agentes.

Apesar da falta de verbas estaduais, reformas e melhorias em prédios públicos de Bento Gonçalves vêm sendo realizadas graças ao apoio da comunidade e do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro). Uma delas é a aquisição de um novo toldo para a 2ª DP. Apesar de não haver desgaste na estrutura, diferente do que ocorreu na 1ª DP, onde duas salas precisaram ser interditadas em função da cedência do piso, na 2ª DP é preciso que o toldo junto à porta principal e o telhado sejam trocados. “Já solicitei junto ao Departamento de Manutenção e Patrimônio do Estado a troca do telhado. No momento não está chovendo dentro, mas a obra é necessária, pois algumas telhas foram quebradas e apenas remendadas. Ainda não recebemos uma resposta sobre o pedido”, destaca. Um novo toldo deve ser instalado nos próximos dias, com recursos do Consepro. Além disso, o prédio também ganhará um nova pintura externa. O trabalho está sendo feito por um pintor que foi condenado à prestação de serviços comunitários. As tintas foram doadas por uma empresa particular.


Falta de espaço também na DPPA

Na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) o maior problema, segundo a delegada titular, Isabel Pires Trevisan, também é a falta de espaço. A situação deve melhorar quando o Posto da Mulher, que hoje ocupa três salas, se transformar em Delegacia da Mulher e for instalado junto ao prédio do Sistema Nacional de Emprego (Sine), onde funcionava o Instituto Geral de Perícias (IGP). As obras no local ainda não foram iniciadas, e não há previsão de quando será realizada a mudança.

A luta por um espaço mais adequado e humanizado para atender mulheres vítimas de violência já dura mais de 20 anos. O espaço deve contar com brinquedoteca, salas de atendimentos e uma sala para “depoimento sem dano” (espaço com brinquedos onde as crianças vítimas de violência são influenciadas a relatar o ocorrido de forma natural).

Reforma finalizada na 1ª DP

Na 1ª DP, a reforma iniciada em dezembro de 2010 foi finalizada há duas semanas. Foi feita a troca do telhado, pintura interna e externa, reparos na rede elétrica e conserto em uma das salas, onde havia afundamento do piso. “Com isso, já aproveitamos e ampliamos o número de salas para que possamos instalar os novos policiais, que poderão ser designados para a delegacia, após a formatura da nova turma. Estamos com tudo pronto, agora só falta aumentar o efetivo para ocupar os espaços criados”, enfatiza o delegado Leônidas Augusto Costa Reis.

O prédio, construído em 1982, nunca havia passado por uma reforma completa, apenas alguns ajustes. O governo do Estado custeou os reparos no piso que estava cedendo, com investimento de R$ 46 mil. As demais despesas, incluindo o aluguel de um espaço para abrigar materiais durante os trabalhos,  totalizando cerca de R$ 20 mil, foram pagas pelo Consepro.

 
Reportagem: Katiane Cardoso

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