O procedimento foi realizado no Hospital Tacchini, após a autorização dos familiares de um jovem de 17 anos diagnosticado com morte encefálica
Na segunda-feira, 25 de novembro, a Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Tacchini realizou mais uma captação de múltiplos órgãos em 2024. O procedimento foi realizado após a autorização dos familiares do doador, um jovem de 17 anos diagnosticado com morte encefálica.
A captação ocorreu no Centro Cirúrgico do Hospital Tacchini e possibilitou a doação de rins, córneas e fígado. Os órgãos foram destinados a seis pacientes compatíveis, cadastrados por ordem de prioridade na Central de Transplantes do Estado.
A enfermeira Ana Turmina, responsável pelo CIHDOTT do Hospital Tacchini, informou: “Não foram encontrados, em âmbito nacional, receptores compatíveis para o transplante de coração e pulmões do doador, que possui o tipo sanguíneo AB positivo.”
A captação envolveu uma colaboração entre profissionais do Hospital Tacchini e equipes de médicos cirurgiões e enfermeiros da Santa Casa de Misericórdia e do Hospital de Clínicas, ambos de Porto Alegre. Após a captação, a equipe multiprofissional retornou à capital, onde os pacientes aguardavam pelos transplantes.
Etapas da doação de órgãos
A captação múltipla de órgãos, embora um momento difícil para os familiares, oferece a chance de salvar até oito vidas. O processo começa com a confirmação da morte encefálica, realizada por meio de dois exames clínicos e um exame de imagem, feitos em intervalos de tempo diferentes. Após a confirmação, a família precisa autorizar a doação.
Com a permissão da família, inicia-se uma corrida contra o tempo para encontrar receptores compatíveis, com o apoio da Central de Transplantes do Estado. Somente após essas definições é que os profissionais de saúde se mobilizam para realizar a captação dos órgãos.