A empresa Farina S/A Componentes Automotivos teve, nesta semana, o pedido de recuperação judicial autorizado pela Justiça. A decisão da 1ª Vara Cível de Bento Gonçalves, assinada pela juíza Christiane Tagliani Marques, determina que a companhia apresente, no prazo de 60 dias, um cronograma de pagamento de dívidas, além de estar protegida – pelos próximos seis meses – das cobranças de credores.
O valor apresentado como passivo na ação judicial ultrapassa os R$ 50 milhões. Como justificativa, a empresa aponta que, entre o final de 2014 e o início de 2015, as dificuldades financeiras aumentaram em função da crise econômica e das medidas governamentais que geraram uma forte retração de mercado. Entre os motivos citados, além da forte carga tributária, estão os encargos trabalhistas e sociais, o aumento do custo de energia elétrica, a elevação da taxa de juros, a alta no preço dos combustíveis e a inflação.
A Farina é uma das mais antigas empresas em funcionamento no Rio Grande do Sul, com 128 anos de atuação, e hoje emprega cerca de 400 pessoas. Embora ainda não tenha divulgado detalhes sobre as medidas que promoverá daqui para frente para buscar a recuperação, a companhia garante que manterá a execução normal de suas atividades. “A empresa mostra otimismo na recuperação e lembra que segue normalmente com suas operações”, diz a nota oficial divulgada na última quarta-feira, dia 8.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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