Farrapos busca protagonismo no sevens

O Farrapos é hoje o quinto melhor clube do Brasil na modalidade XV. No sevens, porém, ainda busca um lugar no pelotão de frente e terá a chance de chegar lá neste sábado e domingo, no Brasil Sevens, principal campeonato da modalidade no país. Sem nenhum jogador no grupo que treina para as Olimpíadas, um bom desempenho no torneio pode ser decisivo para sonhar em ter um representante no Rio em 2016.  

A tarefa, no entanto, não será nada fácil. Na primeira fase, o time de Bento terá pela frente o campeão fluminense e o melhor time do Nordeste. Para garantir continuidade no torneio sem depender de resultados paralelos, precisará superar os dois. Na pior das hipóteses, poderá encerrar a fase como vice-líder da chave e avançar na condição de um dos dois melhores segundos colocados do grupo. A partir da segunda etapa, as dificuldades serão ainda maiores, já que o clube, se passar, possivelmente cruzará o caminho de equipes tradicionais como São José, Pasteur e Spac, todos recheados de jogadores da seleção brasileira.

Por outro lado, a motivação também tende a aumentar conforme a equipe for avançando etapas. Além de estar frente a frente com os principais atletas do país, o torneio dá a oportunidade aos jogadores de provarem competência aos técnicos neozelandeses da seleção. E, caso alcance as semifinais, o Farrapos garante pelo menos 14 minutos de exibição em rede nacional pelo canal Sportv, que mostrará a decisão e disputa de terceiro lugar. “O Super10, o Brasil Sevens e a seleção brasileira de rugby são o máximo que clubes e jogadores podem aspirar em nível nacional. Nesse contexto, o Brasil Sevens para nós é o principal torneio de rugby sevens do calendário, pois é o mais alto nível de competitividade que disputamos. O torneio é dificílimo, mas é a oportunidade que qualquer clube e jogador brasileiro têm de mostrar os frutos do duro trabalho que foi realizado ao longo da temporada de sevens. Seguramente um bom resultado atrairá a atenção dos dirigentes do rugby nacional para os talentos individuais que compõem as equipes para uma eventual oportunidade na seleção brasileira e, quem sabe, uma chance nos Jogos Olímpicos”, ressalta o presidente do Farrapos, Tito Flores.

Ano melhor

As expectativas para este ano são de resultados melhores que os de 2011. Em sua primeira participação no torneio, o Farrapos encarou uma verdadeira “epopeia” de quase 15 horas em um ônibus até São Paulo. Dessa vez, a delegação viajará de avião, em embarque agendado para esta sexta-feira à tarde. Além disso, o técnico Carlitos Baldassari considera que o grupo amadureceu bastante desde o Brasil Sevens 2011 e que está “vacinado” para encarar as principais equipes do país. “Em 2011, contra o Bahia, levamos dois cartões amarelos, um vermelho e perdemos o jogo em 2 minutos. O sevens é cruel: um pequeno vacilo e você perde o jogo. Mas acredito que o time amadureceu bastante de lá para cá e está fortalecido. Vamos pensar jogo a jogo e tentar chegar o mais longe possível”, afirma o uruguaio.

O Farrapos não teve um bom retrospecto na edição de 2011 do Brasil Sevens. Com duas derrotas (Bahia e Desterro) e uma vitória (Varginha), acabou na última posição do Grupo B e foi eliminado na primeira fase. O campeão foi o São José, com vitória sobre o Curitiba na final por 36 a 0.

Brasil Sevens

O Brasil Sevens 2013 será disputado em Embu das Artes (SP) neste sábado, 26, e domingo, 27. O Farrapos compõe a Chave A, ao lado do Rio Rugby (RJ) e Alecrim (RN). A estreia será contra o Alecrim, no sábado, às 10h20. No final da tarde, às 17h40, o clube fechará participação na primeira fase contra o Rio. Outras 15 equipes disputarão o torneio: São José (SP), Taurus (MG), Alphaville (SP), Curitiba (PR), Londrina (PR), Balneário Camboriú (SC), Spac (SP), Charrua (RS), Niterói (RJ), Desterro (SC), Pasteur (SP), Goianos (GO), Bandeirantes (SP), Varginha (MG) e Jacareí (SP).

Delegação definida

1) Claudinei Wronski, Pequeno;
2) Moisés Cavalleri, Monte;
3) Guilherme Coghetto;
4) Leonardo Scopel;
5) João Paulo Giacomello;
6) Mateus Gobatto;
7) Jonathan Gobatto, Teco;
8) Maurício Canterle, Mauri;
9) Lucas Mariuzza, Luquinhas;
10) Diego Silva, Bigode;
11) Marcos Civardi;
12) Bruno Barreto;
Treinador: Carlitos Baldassari;
Assistente: Anderson Sbardelotto;
Manager: Felipe Marini

Reportagem: João Paulo Mileski


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