Farrapos joga pela permanência na elite nacional

No dia 11 de setembro de 2010, o Farrapos escrevia um dos capítulos mais marcantes da sua história ao vencer o Charrua por 9 a 5 – três penais de Leonardo Scopel –, no velho estádio da Montanha, e conquistar o direito de ingressar pela primeira vez na elite do rugby nacional. Neste sábado, dia 31, mais de cinco anos depois, o clube voltará a campo para desafio com circunstâncias bastante semelhantes. Diante do San Diego, o time de Bento terá, outra vez, 80 minutos para brigar por presença entre os grandes do país.

Penúltimo colocado no Super 8, o Farrapos foi sentenciado a defender permanência na competição contra o vice-campeão da Taça Tupi (segunda divisão), em decisão que acontecerá na Sociedade Hípica Porto Alegrense, na capital gaúcha, a partir das 13h. Se analisado o contexto histórico, o favoritismo pende para o lado do clube bento-gonçalvense. O San Diego é um velho conhecido no Campeonato Gaúcho e, mais do que isso, uma habitual vítima do Farrapos no Estado. Nos últimos 10 jogos, foram 10 vitórias do time de Bento. O último triunfo dos porto-alegrenses foi no longínquo 5 de setembro de 2009.

Se levado em conta o contexto atual, por outro lado, os prognósticos são mais uniformes. Com seis derrotas consecutivas, o Farrapos vive a pior fase da sua história no Campeonato Brasileiro. O San Diego, por sua vez, atravessa momento inverso. O time evoluiu consideravelmente ao longo da segunda divisão e perdeu a vaga direta à elite ao ser derrotado na final da Taça Tupi pelo tradicional Niterói, seis vezes campeão brasileiro, por apenas seis pontos (32 a 26). “A primeira parte da temporada, para o San Diego, não foi boa, mas na segunda, quando começaram a jogar a Taça Tupi, eles evoluíram bastante. Acrescentaram atletas e somaram um novo treinador, que também é jogador da seleção brasileira – Jardel Vettorato. Eles melhoraram o jogo deles e estão motivados”, alerta o coordenador técnico do Farrapos, Mario Oliva, o Colo.

A ascensão do San Diego, contudo, não é a única preocupação da comissão técnica. Além da incumbência de restabelecer a confiança, o Farrapos também precisará superar os desfalques. Outra vez, assim como em boa parte do Super 8, terá ausências importantes, seja por compromissos de trabalho ou lesões. “Um time amador sofre de inconvenientes, alguns atletas têm obrigações de trabalho, outros têm compromissos que não podem deixar de cumprir. Não é a principal atividade, para eles, jogar rugby. Um dos nossos melhores jogadores – Vinícius Lunelli – trabalha em um bar à noite e não estará à disposição. O Mateus, capitão do time, assim como o Civardi, ponta, provavelmente não jogarão também, ambos com compromissos de trabalho. Temos jogadores machucados ainda, mas infelizmente é assim, são problemas de um time amador”, resigna-se o argentino.

Seja pelos desfalques ou pelo momento de insegurança, portanto, o Farrapos precisará provar não apenas superioridade técnica sobre o adversário, como também capacidade de superação. Mesmo com a sequência inédita de derrotas, ainda há uma última chance para seguir entre os grandes. Que seja, assim como em 2010, com final feliz.

 

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