Farrapos quebra o gelo

Logo na primeira rodada do Super 10, o Farrapos desencantou: aplicou 33 a 10 no Rio Branco e acabou com um incômodo jejum de duas temporadas e quatro jogos sem vitória em seus domínios pela principal competição do país. Quebrado o gelo, o time espera agora que a Montanha seja um trunfo na corrida pela classificação às semifinais. 

O estádio já é conhecido no rugby brasileiro por dois motivos: é um dos poucos oficiais e um dos que mais atrai público em jogos da modalidade. Contraditoriamente, no entanto, nenhuma dessas particularidades vinha agregando ao time da casa no torneio até o duelo contra o Rio Branco, pela abertura do Super 10, quando o Farrapos saiu atrás, buscou a virada e sacramentou uma vitória histórica. 

O desafio, a partir de agora, é fazer com que o estádio seja conhecido, também, como um 16º jogador à equipe mandante. Dos oito jogos que o clube ainda tem pela frente na primeira fase da competição, quatro serão na Montanha e, se fizer o dever de casa em todos, garantirá a inédita classificação às semifinais. 

Neste sábado, dia 29, o adversário será outro paulista, desta vez o Pasteur. As dificuldades, tudo indica, serão maiores que as da estreia. A equipe é uma das mais qualificadas do rugby brasileiro no momento. Em 2012, foi campeão paulista pela primeira vez, acabando com uma hegemonia de oito temporadas do São José. Três jogadores estiveram entre os convocados para o último Sul-Americano, com destaque para o oitavo Diego Lopes, eleito pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) o melhor jogador de rugby da última temporada. “É um time que vem crescendo nos últimos anos e é muito bem montado, com um plantel que mescla jogadores jovens com outros mais experientes. Em comparação ao Rio Branco, por exemplo, prioriza mais a mobilidade, manter a bola ‘viva’. Mas como todos os paulistas, eles não buscam fortalecer um ou outro setor, visam um jogo completo”, afirma o técnico do Farrapos, Carlitos Baldassari, demonstrando ter estudado minuciosamente o rival. 

Outra adversidade que o Farrapos deverá encontrar é um desequilíbrio no ritmo de jogo, considerando que as exigências do Campeonato Paulista são muito maiores do que as do Campeonato Gaúcho, o que faz com que os times de São Paulo estejam mais acostumados e mantenham uma regularidade durante os 80 minutos, algo que o Farrapos ainda vem aprimorando, já que não é tão exigido no campeonato local. Baldassari espera, no entanto, que o fato de jogar em casa ajude a compensar as teóricas vantagens do oponente. “Até então, os clubes vinham aqui, conheciam a Serra Gaúcha e nos venciam, ou seja, era um final de semana completo. Com a vitória sobre o Rio Branco, acredito que as coisas podem começar a ser diferentes, as equipes virão a Bento nos respeitando mais”, ressalta. 

2ª rodada

Sábado, dia 29
15h:
Belo Horizonte x Spac
Niterói x São José
Bandeirantes x Desterro
Rio Branco x Curitiba

15h30:
Farrapos x Pasteur 

Reportagem: João Paulo Mileski


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