Farrapos: voando

Se não foi perfeita, a campanha do Farrapos no primeiro turno do Campeonato Gaúcho, em números, beirou a perfeição. O time venceu as quatro partidas que disputou. Marcou ponto bônus ofensivo (quatro ou mais tries) em todos os jogos e não sofreu nenhum ponto bônus defensivo (derrota por sete pontos ou menos). Em apenas 50% dos jogos disputados na primeira fase, já deixou bem encaminhada a classificação à decisão. 

Neste sábado, a equipe abre o segundo turno contra o Brummers (ex-Novo Hamburgo), às 15h, no estádio da Montanha, com entrada franca. Poderá até assegurar a classificação matemática, desde que vença e o San Diego seja derrotado pelo Serra. 

A meta principal, no entanto, não é antecipar a classificação, mas seguir evoluindo coletivamente jogo após jogo. Na vitória sobre o Charrua por 42 a 20, no último final de semana, a equipe apresentou um mesmo padrão de atuação por 60 minutos, quando abriu 23 a 0. Porém, oscilou em um momento da partida e o adversário chegou a diminuir a diferença para 23 a 18. 

Segundo o técnico Carlitos Baldassari, essa oscilação é compreensível considerando que o time ainda está em começo da temporada e vem aos poucos buscando o melhor entrosamento. O desafio é gradativamente ser mais regular. “Ainda não estamos no ponto de mantermos um mesmo nível de atuação do primeiro ao último minuto, vamos aprimorando isso aos poucos. Contra o Charrua os jogadores demonstraram um bom entendimento da partida, mas tivemos alguns momentos de instabilidade. Vamos corrigir isso e dar continuidade à evolução partida a partida”, afirma o uruguaio. 

Em caso de vitória sobre o Brummers neste sábado, a equipe alcançará a marca de 44 meses de invencibilidade contra clubes gaúchos. A última derrota foi para o San Diego, no longínquo 5 de setembro de 2009, por 24 a 7, no estádio da Montanha. Para Carlitos, foi justamente a incessante busca pela evolução gradual, não apenas dentro como fora das quatro linhas, que transformou o Farrapos na principal referência e força do rugby gaúcho. “A diferença que percebo aqui no Estado é que o Farrapos cresce, evolui, e outros clubes seguem estagnados, com os mesmos jogadores e lutando por uma estrutura. Nosso diferencial é que o grupo se fortalece cada vez mais dentro de campo e o clube vem agregando fora das quatro linhas. Lamentavelmente muitos não têm o mesmo apoio do Farrapos, o que acaba barrando o desenvolvimento. No jogo contra o Charrua, tínhamos familiares dos atletas, pessoas comuns e empresários nas arquibancadas. Em um momento da partida, quando o Charrua reagiu e encostou no placar, a torcida inflou e os jogadores responderam. Em outras cidades não vemos isso”, ressalta o treinador. 

6ª rodada

Sábado, dia 4
Farrapos x Novo Hamburgo 
Serra x San Diego

Reportagem: João Paulo Mileski


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