Feminicídios reduzem pelo segundo mês consecutivo no RS, mas acumulado mantém alta

Dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta quinta-feira (09/07) mostram que os feminicídios no Rio Grande do Sul reduziram 11,1% em junho. Foram oito casos frente aos nove registrados no mesmo período de 2019. É o segundo mês seguido de retração, após uma série de medidas adotadas pelas forças de segurança para intensificar as ações de proteção.

A Secretaria de Segurança Pública destaca que além de campanhas para divulgação dos canais de denúncia, houve lançamento de cartilha sobre registro de ocorrências de violência contra a mulher na Delegacia Online, ampliação das Patrulhas Maria da Penha, com operação focada na fiscalização de medidas protetivas de urgência, disponibilização de plantão psicológico na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) da Capital, e inauguração de Salas das Margaridas em mais sete cidades – no total, já são 17 espaços de acolhimento especial em delegacias espalhadas pelo Estado.


 

O primeiro semestre fechou com alta de 24,4% no número de assassinatos por motivo de gênero – foram 51 mulheres vítimas, frente as 41 do início até a metade de 2019. Nos demais indicadores, o quadro é de queda. Ameaças (-13%), lesões corporais (-9,4%) e tentativas de feminicídio (-9,3%) reduziram na comparação dos primeiros semestres deste ano e do anterior. O número de estupros ficou praticamente estável (-0,8%).

 


 

Na observação isolada de junho, além dos feminicídios, também houve retração frente ao mesmo mês de 2019 nas ameaças (-19,8%), nas lesões corporais (-22,5%) e nos estupros (-23,3%). Já as tentativas de feminicídio subiram (21,7%), de 23 para 28 casos.

A SSP mantém ativa a campanha Rompa o Silêncio, divulgando nas redes sociais e em intervalos da TVE os números para denúncia de casos de violência contra a mulher. Qualquer pessoa pode, e deve, contatar as autoridades para informar suspeitas. Entre as oito vítimas de feminicídios em junho, apenas duas tinham ocorrência anterior contra o agressor, uma delas contava com medida protetiva de urgência. O contato, gratuito e anônimo, pode fazer a diferença para salvar a vida de mulheres vítimas. 



 

Rompa o silêncio

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Emergências pelo 190

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