Fenavinho: futuro incerto
O clima é de incerteza acerca da realização da próxima Fenavinho Brasil, um dos mais tradicionais eventos relacionados à vitivinicultura de Bento Gonçalves. Depois de uma edição marcada pelas dívidas, ainda não há definição para que programação aconteça em 2013. De acordo com a organização, antes de definir a data de realização e o formato, é preciso conversar com o novo prefeito, Guilherme Pasin, e seu secretariado.
O contato com a nova administração ainda não teria sido feito, mas, apesar disso, a organização nega que o evento estaria ameaçado de não ocorrer. Independentemente do futuro da próxima edição, a festa estará presente no Bento em Vindima 2013, que acontece de 12 de janeiro a 17 de março.
Desde 2005, a Fenavinho era tradicionalmente realizada a cada dois anos, nos meses de janeiro e fevereiro, época na qual ocorrem diversas atividades relacionadas à safra da uva na região. No ano em que o evento não era promovido, acontecia a Festa da Uva, em Caxias do Sul. Na edição de 2011, a Fenavinho passou por uma reformulação e foi realizada entre os meses de abril e maio.
No ano da Copa
Para a secretária municipal de Turismo de Bento Gonçalves, Ivane Fávero, a tendência é que a edição de 2013 seja transferida para 2014. Uma das possibilidades levantadas pelo prefeito Roberto Lunelli, comenta a secretária, seria a realização da chamada Fenavinho da Copa, aproveitando o incremento no fluxo de turistas no país. Segundo Ivane, a organização do evento já teria levantado a hipótese de realizá-lo novamente em outra época do ano que não no verão.
Dívidas
Um dos pontos negativos da última edição da Fenavinho foram as dívidas. Os artistas envolvidos na elaboração e apresentação do espetáculo cênico “Dormi, Sogna, Piccolo Amor Mio” só começaram a receber pelo do serviço prestado um ano e cinco meses depois. De acordo com o diretor artístico geral e coreógrafo do espetáculo, Moacir Corrêa, apenas parte da dívida foi paga. Como diferentes tipos de artistas estavam envolvidos no espetáculo, Corrêa explica que para cada setor as negociações estão em níveis diferentes, algumas inclusive judicialmente. O atraso para quitar a dívida aconteceu por causa da não aprovação do projeto da feira na Lei Federal de Incentivo à Cultura, também conhecida como Lei Rouanet.
Reportagem: Carina Furlanetto
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