Depois de uma série de reuniões a portas fechadas entre entidades e o Poder Público, ao longo dos últimos meses, um encontro marcado para a próxima segunda-feira, dia 11, pode encaminhar o futuro da Festa Nacional do Vinho. O debate ocorre na Fundação das Artes, a partir das 19h30, e tem na pauta, inclusive, a discussão sobre data de realização da próxima edição.
Desde 2011, quando foi encerrado em meio a dívidas que superavam R$ 1 milhão, o evento que apresentou Bento Gonçalves ao país, ainda em 1967, encara um período de incertezas. Nos últimos meses, o próprio prefeito Guilherme Pasin manifestou desejo de que a administração municipal liderasse a retomada da festa, mas argumentou que a decisão dependeria da revisão da condição de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), adotada em 2010, com o qual o governo se distanciou do processo.
Embora não tenha divulgado detalhes, no material de divulgação encaminhado pela prefeitura à imprensa são utilizados elementos que remetem à primeira edição da festa. Um dos assuntos mais discutidos entre os o Poder Público e as entidades nas tentativas de reorganizar a Fenavinho foi justamente o interesse de “voltar às origens”, resgatando o caráter popular do evento.
Dívidas
Nos últimos anos, a Fenavinho encarou cobranças públicas de dívidas acumuladas com fornecedores e até artistas que participaram do espetáculo cênico projetado para ser uma de suas principais atrações na 15ª edição, em 2011. Em março de 2013, foi tema de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores, que apontou débitos que superavam R$ 1 milhão.
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