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Festas juninas: dance mais e coma menos

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Pipoca, cocada, pé de moleque, pinhão, cachorro-quente, maçã do amor, bolo de fubá, algodão doce … Tudo regado a um bom quentão. Deu água na boca? Então saiba como desfrutar de algumas dessas delícias sem se perder na balança. 

A nutricionista Joceli Carrard, de Caxias do Sul, diz que todos os alimentos tipicamente consumidos nas festas juninas são bastante calóricos e alguns não são tão saudáveis. A boa notícia é que dá para aproveitar com moderação. “Já que é só uma vez por ano, dá para experimentar algumas guloseimas, mas é preciso dançar e pular muita fogueira para compensar”, sugere.

A pipoca, por exemplo, tanto a de micro-ondas quanto a cozida na panela, contém gordura. Se tiver opção, prefira a de panela, por não ter tanto corante. O milho é um alimento saudável e pode ser consumido puro, para dar mais sabor, o sal pode ser colocado na água do cozimento, junto com uma pitadinha de manteiga.

Segundo Joceli, os alimentos que requerem mais cuidado e moderação são os que possuem excesso de gordura, açúcar ou sal. Já alimentos como o pinhão, que possui uma boa dose de proteína e pode até substituir a carne em dietas vegetarianas, é uma opção saudável e nutritiva.

O pé de moleque é bastante calórico. Para torná-lo um pouco mais saudável, pode ser usado o açúcar mascavo, diz a nutricionista. No caso do quentão, o açúcar pode ser substituído por adoçante, caprichando nos temperos, como cravo e canela para realçar o sabor.

O milho e seus derivados, como a canjica, são opções nutritivas. O bolo de milho pode ser feito com cobertura de coco queimado, sem adição de açúcar. Já o cachorro-quente não é tão saudável em função da salsicha. Neste caso, o indicado é usar as opções sem corante e de peru. Uma dica é picar a salsicha e misturar no molho feito de tomate e cebola natural, o que faz com que seja consumida menor quantidade. Decidido o cardápio, é só vestir o traje caipira e viva São João, Santo Antônio e São Pedro!


Pipoca: a rainha da festa

Apesar de levar gordura, a pipoca é natural e tem mais benefícios que malefícios. De acordo com o estudo conduzido pelo pesquisador Joe Vinson, da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, aquela casquinha marrom que teima em ficar presa no dente é a parte em que há maior concentração de fibras. Essas substâncias antioxidantes são importantes no combate aos radicais livres e, por consequência, na prevenção de casos de câncer e no envelhecimento precoce.

A quantidade de polifenois presentes em uma porção de 33 gramas de pipoca é de mais de 300 miligramas, frente aos 160 miligramas de uma porção de 80g das frutas em geral. Uma explicação para essa alta concentração é que a pipoca tem somente 4% de água. Em contrapartida, as frutas apresentam 90%, o que dilui o conteúdo dessas substâncias benéficas.

Outra boa qualidade da pipoca é a presença do amido resistente. Depois de estourar e se transformar no floco branquinho tão apreciado, o chamado amido resistente passa quase intacto pelo aparelho digestivo e assim não provoca altas repentinas nos níveis de glicose.

 
Reportagem: Alexandra Duarte

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