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Filha acusada de matar pai e madrasta, em Cachoeirinha, volta à prisão

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Rubem Affonso Heger, de 85 anos, e Marlene dos Passos Stafford Heger, de 53 anos, estão desaparecidos desde 27 de fevereiro de 2022

Foto: Arquivo pessoal

A pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), em Cachoeirinha, a ré Cláudia de Almeida Heger voltou a ser recolhida ao sistema prisional na quarta-feira, 17/05. Ela e o filho, Andrew Heger Ribas (internado no Instituto Psiquiátrico Forense), foram denunciados pelo promotor de Justiça Thomaz de La Rosa por homicídios qualificados e ocultação de cadáveres do casal Rubem Affonso Heger e Marlene dos Passos Stafford Heger. Os réus são filha e neto de Rubem.

Claudia estava em prisão domiciliar desde 12 de agosto de 2022 após ter apresentado laudo médico que atesta paraplegia. Porém, foi vista caminhando dentro do Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, quando lá esteve internada. Além disso, em 15 de março deste ano, compareceu a uma audiência dirigindo veículo não adaptado para pessoas com deficiências, conforme certificação feita por oficial de Justiça.

No pedido de prisão preventiva, o promotor Thomaz de La Rosa fundamenta: “De fato, da análise das imagens captadas pela câmera do fórum, vê-se que a denunciada não possui um quadro de saúde grave, pois, ao se evadir do prédio, dirige-se ao veículo, levanta da cadeira de rodas para se acomodar no banco do motorista e sai do local conduzindo veículo não adaptado.”

Além disso, ele lembra que o recolhimento da ré ao sistema prisional é necessário tendo em vista o risco gerado pela sua liberdade, pois, durante o tramitar do processo, teve contra si registradas diversas ocorrências policiais, responde a processos criminais, possui sentença condenatória e, inclusive, já simulou o próprio sequestro.

Relembre o caso

Cláudia é filha de Rubem Affonso Heger, de 85 anos, assassinado em 27 de fevereiro, na Vila Carlos Antônio, em Cachoeirinha, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público. Na casa com Rubem estava sua companheira, Marlene dos Passos Stafford Heger, 53, que também foi assassinada.

Em 26 de maio, o promotor de Justiça Thomaz de La Rosa denunciou Cláudia e o filho por crimes como homicídios qualificados e ocultação de cadáveres. Os corpos ainda não foram localizados. Rubem e Marlene foram vistos, pela última vez, em 27 de fevereiro de 2022. Câmeras de segurança de uma casa vizinha registraram as possíveis últimas movimentações na residência do casal.

Nas imagens, é possível ver a filha e o neto chegando ao local para almoçar com o pai e a madrasta. Quatro horas depois, a mulher coloca colchões nas portas da garagem e bloqueia a visão de quem passa pela rua. Logo depois, eles saem, fecham o portão e vão embora. Não é possível ver se o casal também estava no carro.

Foto: Reprodução

A filha disse à polícia que levou o casal para sua residência, em Canoas, onde o pai e madrasta teriam permanecido por alguns dias. Após supostamente ir a uma unidade de saúde para uma consulta, a mulher voltou para casa e não encontrou mais Rubem e Marlene.

Um outro neto de Rubem havia estranhado o sumiço. Segundo ele, o avô tinha enfisema pulmonar e fazia uso diário de medicamentos, além de precisar de oxigênio eventualmente.

O pedido de prisão dos investigados foi remetido ao Judiciário após a perícia apontar que o sangue encontrado nas paredes da casa dos fundos onde o casal morava era de Rubem. A investigação acredita que o idoso e a esposa tenham sido mortos no local. Depois do crime, os corpos teriam sido levados embora de carro.

*Com informações de G1 RS e MPRS

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