Anunciado no ano passado com badalação pelo atual governo municipal, o financiamento R$ 107 milhões do Programa Pró-transporte (R$ 113 milhões se somada a contrapartida do município) ainda não foi liberado. De acordo com o prefeito de Bento Gonçalves, Roberto Lunelli, os projetos já foram encaminhados à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), mas ainda carecem de permissão. “Não depende mais de nós”, comenta, explicando que já houve autorização do empréstimo por parte da Caixa Econômica Federal. Apesar disso, Lunelli garante que não há possibilidade de perder os valores.
O financiamento é direcionado para obras de mobilidade urbana. No Rio Grande do Sul, 13 municípios foram contemplados com o financiamento do programa, sendo que o município com maior volume financeiro foi Bento Gonçalves. Além de fazer com que as ligações viárias entre os bairros possam sair do papel (Ouro Verde/Universitário, Zatt/Borgo e Universitário/São Roque), o empréstimo também deve possibilitar zerar o número de ruas com estrada de chão dentro do perímetro urbano. De acordo com Lunelli, as demandas do Orçamento Participativo terão prioridade de execução. A previsão é de que as obras sejam concluídas em cerca de cinco anos.
O projeto teve bastante repercussão na cidade e gerou dúvidas, sobretudo, no que diz respeito ao prazo de 20 anos para quitar a dívida e a preocupação de comprometer o orçamento das futuras administrações. Na época em que o financiamento foi anunciado, o secretário de Finanças, Olívio Barcelos de Menezes, garantiu que a contração de empréstimo só foi possível graças à saúde financeira do município. Além disso, ele também projetou que haverá aquecimento na economia local e incremento no número de postos de trabalho com a realização das obras, prevendo que empresas do município vençam as licitações.
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