Focos de Aedes aegypti têm aumento de mais de 50% em Bento
A elaboração de estratégias para combater a COVID-19 tem sido o foco em todo o mundo. Mas a atenção voltada a outras doenças infecciosas, como a dengue, também deve ser motivo de preocupação para o poder público e para a comunidade. Em Bento Gonçalves, o número de focos de Aedes aegypti aumentou 58% no começo deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a Secretaria de Saúde, foram 38 focos encontrados entre 08/01 e 01/04. No mesmo período do ano passado, foram registrados 24 focos.
De acordo a responsável pelo setor de Vigilância Ambiental, Analiz Zattera, os focos foram localizados nos bairros Fátima, São Roque, Botafogo, Santa Helena, Ouro Verde, Zatt, Conceição, Pomarosa, Borgo e Santa Rita. A identificação da existência de mosquitos Aedes aegypti é feita por meio do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa). Para tanto, equipes da Secretaria de Saúde realizam visitas nas residências e coletam amostras de larvas, além de orientarem as famílias sobre os cuidados necessários. “Atualmente as equipes estão trabalhando nos bairros São Vendelino e Vinhedos”, complementa.
Ainda segundo Analiz, o número em Bento Gonçalves está crescendo anualmente. “Apesar de estar bem abaixo do número preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de infestação abaixo de 1%, temos que redobrar os cuidados”, alerta.
Atualmente, o município não tem registros de circulação do vírus da dengue, zika ou chikungunia – transportado pelo mosquito Aedes aegypti. “Isso significa que os mosquitos daqui não estão infectados. Porém, essa condição pode mudar, pois se vierem pessoas doentes de outros estados, esses mosquitos podem se infectar e passarem a doença para outras pessoas. Por isso é importante alertar a população sobre os meios de prevenção”, explica.
Até o momento, Bento Gonçalves apenas registrou casos importados de dengue, ou seja, quando os moradores infectados foram picados fora do município.
“É importante ressaltar que 10 minutos de vistoria por semana em casa e nos arredores da casa, identificando e eliminando depósitos de água é o suficiente para acabar com o ciclo do mosquito”, finaliza Analiz.
Foto: Priscila Pilletti