Foragido número 1 do RS é preso pela Polícia Civil em praia carioca
O presto estava escondido em Orlando desde o ano passado e havia voltado para o Brasil há sete dias
O foragido número 1 do Rio Grande do Sul foi localizado e preso pela Polícia Civil, no Rio de Janeiro, durante a Operação Blindspot, realizada na segunda-feira, 16/01. O alvo foi capturado em um restaurante de alto padrão, em uma praia da Barra da Tijuca e transportado, ainda na segunda-feira, de volta para o RS, por meio de um avião da Polícia Civil.
O preso estava escondido em Orlando, na Flórida, desde o ano passado e havia voltado para o Brasil há sete dias, quando foi identificado por agências de inteligência. A equipe de investigação do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) identificou o condomínio de luxo em que ele estava escondido, na zona leste do Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Civil, o investigado começou no mundo do crime há pouco mais de uma década, praticando estelionatos. Também passou a operar outros crimes patrimoniais e atuar na lavagem de dinheiro por meio da utilização de pedras preciosas.
Ainda segundo a Polícia Civil, o investigado era piloto de corrida automobilística e piloto de aeronaves. Com isso ingressou no esquema de tráfico internacional de drogas, principalmente no transporte de cocaína de países produtores, como Peru e Bolívia, ao estado do Rio Grande do Sul.
No ano de 2021, ele foi alvo de uma investigação do Denarc, sendo preso por operar aeronaves que traziam cocaína ao estado. Além disso, houve o sequestro judicial de uma dessas aeronaves.
Em 2022, o investigado foi um dos principais alvos da operação Kraken, deflagrada pela 1ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, em que mais de 1.300 policiais cumpriram 1.368 ordens judiciais contra a maior organização criminosa do Sul do país, na qual o investigado tinha papel de liderança.
Nessa investigação foi possível apurar que ele coordenava o esquema logístico de distribuição de cocaína via aérea no estado do Rio Grande do Sul, além de transportar e traficar armas de fogo de guerra, como metralhadoras .50 com capacidade de derrubar aeronaves.
Em dezembro de 2022, o acusado foi localizado e abordado em um barco de luxo na Guiana, com mais três brasileiros. Por circunstâncias ainda desconhecidas, o investigado conseguiu, mais uma vez, fugir das autoridades, vindo a se refugiar em Orlando.