Forças de segurança do RS atuam para coibir atos de violência

O governador Eduardo Leite disponibilizou um efetivo de 73 policiais da tropa de choque da Brigada Militar a ser deslocado para Brasília a fim de dar suporte ao governo federal

Foto: Grégori Bertó

Na noite de domingo, 08/01, governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), promoveu uma reunião de emergência no Palácio Piratini com secretários e lideranças das forças de segurança do Estado para discutir a crise provocada pela invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília e da resposta do Rio Grande do Sul aos atos de vandalismo.

Após a reunião, Leite se pronunciou por meio de uma live e falou sobre as medidas tomadas no Estado para reprimir qualquer tipo de ato antidemocrático e sobre o apoio oferecido ao governo federal com a disponibilização de efetivo da tropa de choque da Brigada Militar.

No início do pronunciamento, o governador lamentou os acontecimentos do domingo. “Esse é um dia que nos entristece e nos deixa absolutamente indignados pelos atos antidemocráticos e de caráter golpista na capital federal. São atos que atacam as instituições que representam a democracia brasileira e precisam ser repudiados”, enfatizou.

O governador reforçou que a Brigada Militar (BM) segue monitorando as manifestações no Rio Grande do Sul e está preparada para reprimir atos contra a ordem constitucional no Estado. “Temos as nossas forças de segurança de prontidão para agir de forma enérgica, firme e imediata diante de qualquer crime contra a democracia”, afirmou. 

Ao longo do dia, os pontos de maior atenção e concentração de manifestantes foram a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e as proximidades da sede do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre.

O governador destacou que qualquer tentativa de obstrução de vias ou bloqueios no sistema de abastecimento serão reprimidos de forma imediata pela Brigada Militar para garantir a livre circulação. Também lembrou que a Polícia Civil está encarregada do inquérito para investigar pessoas que atuam e financiam os atos antidemocráticos.

Mais cedo, o governador conversou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e disponibilizou um efetivo de 73 policiais da tropa de choque da Brigada Militar a ser deslocado para Brasília a fim de dar suporte ao governo federal.

Leite destacou que manifestações de descontentamento são legítimas em uma democracia, mas não podem, de qualquer maneira, atacar as instituições e a ordem constitucional. “Temos lei e ordem que devem ser observadas, e o governo do Estado não vai se eximir da sua responsabilidade neste momento crítico e triste. Há um governo federal eleito pelo povo brasileiro e isso deve ser respeitado. As manifestações não podem descarrilar para atos antidemocráticos”, pontuou.

Reunião em Brasília

O governador gaúcho confirmou que irá participar de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na tarde desta segunda-feira, 09/01, em Brasília.

Lula convocou os governadores dos estados brasileiros para discutir sobre os atos de destruição em Brasília e medidas de segurança para serem tomadas nos estados, afim de evitar a mesma situação em outras capitais e cidades do interior.

Moraes ordena

O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou na madrugada desta segunda, que todos os acampamentos em frente à quarteis sejam desmontados. Eduardo Leite afirmou que irá cumprir a decisões de Moraes e ordenou que a Brigada Militar (BM) vá até os locais e retirem os manifestantes – muitos deles à frente dos quarteis desde o dia 02 de novembro de 2022.

Em Bento Gonçalves, na manhã desta segunda, a BM age para desmontar o acampamento em frente ao 6º Batalhão de Comunicações no bairro São Roque.