Frente Moveleira pede incentivos em Brasília

A conselheira da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), Maristela Longhi, reuniu-se com o deputado federal Renato Molling e com o secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Henrique de Oliveira, para alertar para a queda de produção da indústria de móveis. Em janeiro, o índice foi de -4,6%. O setor pede nova isenção de Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI, para estimular as vendas.

Conforme Molling, que preside a Frente Parlamentar em Defesa dos Setores Coureiro-Calçadista e Moveleiro, a isenção do IPI, a exemplo do benefício concedido para a linha branca, seria uma forma de incentivo para estimular o mercado interno. “Um período de isenção do IPI incrementaria, motivaria e aqueceria o mercado para esses bens. Os números divulgados são preocupantes. Em 2011, já não houve crescimento no setor. O governo precisa tomar alguma providência urgente, dar algum suporte para os setores intensivos em mão de obra. Foi acionada a sirene vermelha na indústria nacional”, disse o parlamentar gaúcho.

O setor moveleiro é o 9º que mais emprega no Brasil. São 290 mil postos de trabalho. “O governo renuncia num mesmo momento e logo após ganha com o incremento da produção e estimula a abertura de novos empregos”, argumentou Molling.

Exportações também preocupam 

Conforme Maristela, o setor também enfrenta graves quedas nas vendas para mercados externos. Nos últimos tempos, 20% das exportações estão sendo realocadas para o mercado interno. “As barreiras comerciais impostas pela Argentina agravam as exportações do setor. Estamos perdendo mercado. Com isso, diminuímos a produção e perdemos postos de trabalho. No polo moveleiro do Rio Grande do Sul, por exemplo, diversas fábricas pararam a produção durante toda a semana do carnaval, por falta de demanda”, alertou a conselheira da Movergs.

Laminados pet

A audiência também retomou uma antiga pauta da Frente: a redução da alíquota do IPI dos laminados em pet. Molling explicou que o laminado em pet, usado no revestimento de móveis, tem a mesma finalidade dos demais revestimentos, porém não foi contemplado pelo decreto do governo que em 2010 equalizou o IPI de diversas categorias do setor de móveis em 5%. O laminado em pet continua pagando alíquota de 15% do imposto. 

“Acreditamos que seja uma injustiça, pois o material tem a mesma finalidade de outros laminados que foram contemplados. Essa diferença está prejudicando a competitividade do material pet com os demais. Em 2011, o setor teve uma perda de 25% dos lucros. Além disso, o laminado em pet é produzido por matéria-prima reciclada, o que contribui com a geração de emprego e renda e traz benefícios para o meio ambiente”, argumentou o parlamentar.

Dyogo argumentou que desde o ano passado o ministério acompanha os dados e estuda o mercado para justificar a adoção da medida. 

 

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