Gabriel, o Pensador defende cachê e explica custos

O músico e escritor Gabriel, o Pensador, usou o Facebook para manifestar-se sobre a polêmica do alto valor de seu cachê para ser patrono da Feira do Livro de Bento Gonçalves deste ano. Após a reação de moradores da cidade e escritores gaúchos e da notícia ganhar espaço na imprensa nacional, o Pensador defendeu o valor do cachê, de R$ 169,4 mil, explicou que o pagamento refere-se ao custo de livros e a um show. Desde que foi anunciado como patrono, a polêmica repercute em redes sociais e na comunidade e ganhou espaço em jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão não só do Rio Grande do Sul, mas de todo o país, gerando mídia negativa para a cidade. A decisão sobre a escolha do artista como patrono teria sido uma escolha pessoal do prefeito Roberto Lunelli (PT), que teria autorizado o pagamento dos quase R$ 170 mil.

“Não estou cobrando para ser patrono, nem pra realizar as duas palestras e mais outras atividades, como visita em escolas. O meu pagamento, além da honra de ser escolhido patrono da feira, seria estritamente a receita líquida da venda de livros pela editora (tirando impressão e transporte de livros e outros custos) mais o cachê líquido do show, a ser fatiado com empresária, banda e equipe”, afirmou o artista.

Segundo o Pensador, a prefeitura de Bento Gonçalves vai adquirir mil exemplares do livro “Diário Noturno” e outros mil de “Um Garoto Chamado Rorbeto”, ao custo de R$ 35 cada, somando um total de R$ 70 mil, fora os impostos. O restante do cachê seria referente a um show do artista durante a feira. O Pensador diz que seu cachê varia em torno de R$ 60 mil. Há ainda custos com equipe, banda, passagens, hospedagem, alimentação, transporte de pessoal e equipamento, fechando a conta. “Show é de graça pro povo, mas sempre custa dinheiro, e não é pouco, pra alugar som, luz, mídia, palco, segurança, pagar cachês, ECAD, etc.”

O Pensador disse ainda ter tido “o azar de cair de paraquedas no meio de uma briga de gaúchos” e afirmou que teria preferido que suas atividades em Bento não ficassem restritas à Feira do Livro. “Dá pra entender a reação de todos. A minha foi de surpresa. E um pouco de decepção com as pessoas que falaram antes de se informar melhor, ou que não mediram tanto o impacto das palavras”, disse o artista, sobre as manifestações de escritores gaúchos contra o valor pago a ele.


Reportagem: Eduardo Kopp

 

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