GAECO/MPRS investiga lavagem de dinheiro em Bento Gonçalves
GAECO/MPRS investiga lavagem de dinheiro de organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas em Bento Gonçalves

Bento Gonçalves (RS) – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deflagrou, nesta quarta-feira, 24 de setembro, a segunda fase da Operação Contas Abertas. A ação tem como foco o combate à lavagem de dinheiro praticada por uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e armas.
O promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes, responsável pelo 5º Núcleo do GAECO – Serra, coordenou a operação com apoio da Brigada Militar (BM) e da Polícia Penal. Essa fase é um desdobramento da etapa realizada em 2024, que já havia resultado em denúncias contra parte dos investigados.
Nesta nova etapa, as equipes cumpriram mandados de busca e apreensão em 22 alvos, todos em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, além de Paim Filho, no Norte do Estado. A operação resultou na prisão em flagrante de um suspeito por porte ilegal de arma. Ao todo, 16 pessoas estão sob investigação, e o valor inicialmente identificado como movimentação ilícita ultrapassa R$ 2,2 milhões.
A Justiça determinou a apreensão de 12 imóveis e dois veículos, além do bloqueio de 224 contas bancárias.
Também foram alvo de mandados duas empreiteiras e uma revenda de automóveis da Serra, investigadas por possível participação no esquema de lavagem de capitais.
“O objetivo agora foi aprofundar a coleta de provas, localizar mais laranjas e verificar o real montante da lavagem de dinheiro, desarticulando os mecanismos financeiros da organização criminosa que atua há mais de 10 anos na Serra”, afirmou o promotor Manoel Figueiredo Antunes.
Participaram ainda da operação os promotores de Justiça André Dal Molin, coordenador do GAECO no Estado, Rogério Meirelles Caldas, Raynner Sales, Diego Pessi, Gabriel Capellani e João Fábio Munhoz Manzano.
Contas Abertas
O GAECO/MPRS deflagrou a primeira fase da Operação Contas Abertas em junho de 2024, com ações simultâneas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Na ocasião, as equipes prenderam 32 pessoas, bloquearam 274 contas bancárias e apreenderam 25 veículos e cinco imóveis.
Na sequência, o órgão apresentou denúncias nos dias 26 e 28 de junho de 2024 contra 20 integrantes da organização criminosa, incluindo líderes e gerentes de pontos de venda de drogas. Os acusados respondem por organização criminosa, financiamento e custeio ao tráfico de drogas, tráfico de entorpecentes e lavagem de bens e valores.