Gaúcho conta sobre sua experiência como voluntário da vacina de Oxford

O jornalista gaúcho Mateus Barreto foi um dos mil voluntários selecionados para participar dos testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, da Inglaterra, em parceria com a empresa AstraZeneca, no Hospital Universitário de Santa Maria. “Me voluntariei porque, além de ser um momento histórico, é necessário. Precisamos nos candidatar para que esses testes sejam aprovados o quanto antes, para que a vacina possa também ser aprovada o mais rapidamente possível”, revela.

Barreto faz parte de um grupo de profissionais que têm contato frequente com outras pessoas, a área da comunicação, e na época estava trabalhando em uma campanha política. Dessa forma, preencheu os requisitos para ser incluso na pesquisa. Para tanto, o jornalista passou por uma série de exames e consultas médicas e precisou assinar um termo de responsabilidade.


Foto: Arquivo pessoal
 

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De acordo com Barreto, o único sintoma detectado até o momento foi dores nas pernas, que cessaram após um período de descanso. “O monitoramento pela equipe do hospital é feito toda quinta-feira. Recebo uma mensagem no WhatsApp pela manhã e perguntam se estou sentindo algum sintoma. Vou ser monitorado até o final do estudo [pelo período de um ano]”, conta.

Conforme explica Barreto, alguns dos voluntários estão recebendo, propriamente, a vacina contra o Coronavírus. Os demais, uma dose contra a Meningite e, outra, de placebo. A revelação sobre quais doses foram aplicadas será feita apenas ao final do estudo. “Depois de seis meses a gente retorna para fazer as demais doses. Se a vacina for aprovada antes desses seis meses, eles irão chamar os voluntários e vão contar qual vacina a gente tomou. Quem tomou as duas doses da COVID-19 está imune, mas quem tomou placebo e meningite vai ganhar a imunização. Então todos têm imunização garantida, gratuitamente”, afirma.

O jornalista fez a primeira dose em outubro e fará a segunda nos próximos dias, mas já se mostra confiante quanto aos resultados. A última pesquisa sobre o estudo no mundo apontou que a vacina em questão já demonstrou 94% de eficácia.

“Essa onda negacionista que estamos vivendo contra as vacinas é um problema de saúde pública. A gente viu que a vacinação contra a poliomielite foi a mais baixa dos últimos 20 anos e isso terá um reflexo daqui a 10, 15 anos… Então eu diria para que as pessoas participem dos testes. Não tem perigo nenhum. A gente se protegendo também está protegendo todos ao nosso redor”, finaliza.

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