Em transmissão ao vivo pelo Facebook na tarde desta quinta-feira, 30/04, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, apresentaram o modelo controlado de distanciamento social. O sistema divide o estado em 30 regiões e 7 macrorregiões de saúde, para determinar indicadores relacionados à propagação do Coronavírus e a capacidade de atendimento hospitalar. Também haverá uma divisão por setor de atuação (como agricultura, construção, transporte e comércio), que receberão indicadores como mais ou menos seguro e mais ou menos relevantes para o PIB gaúcho. A ideia é permitir um controle sobre quais os locais que devem permanecer com restrições de circulação e funcionamento de atividades e quais podem liberar – com critérios – seu funcionamento regular.
As 7 macrorregiões de saúde foram dividas em: Centro-oeste, Metropolitana, Missioneira, Norte, Sul, Serra e Vales. Todos os sábados será atualizada a “bandeira” dessas macrorregiões, que poderão receber as cores amarela, laranja, vermelha e preta – nas quais amarelo é mais seguro e preto é menos seguro. Para determinar qual bandeira é atribuída a cada região, serão analisados índices de propagação (velocidade do avanço, estágio da evolução e incidência de novos casos sobre a população) e de capacidade de atendimento (capacidade de atendimento e mudança da capacidade de atendimento). Atualmente, a macrorregião da Serra (que engloba Bento Gonçalves), está com cor laranja. Até o momento, as únicas regiões com cor vermelha são a Norte (Passo Fundo) e Vales (Lajeado).
Além da separação por regiões, o modelo controlado de distanciamento social levará em consideração as especificidades de cada setor. A divisão foi feita em 12 grupos (agricultura; indústria de construção; transporte; serviços financeiros, imobiliários, profissionais e outros; educação privada; outros serviços; indústria de transformação e extrativa; comércio; alojamento e alimentação; administração pública; artes, cultura, esporte e lazer; serviços domésticos) e em 50 atividades relacionadas a esses grupos.
Com isso, serão avaliados os critérios de segurança dos trabalhadores que atuam nesses serviços e a importância do setor no PIB do Rio Grande do Sul. Quando mais seguro e mais importante economicamente, menos restrições de atuação serão destinadas a esse setor.
Resumidamente, empresas e repartições públicas terão que consultar, semanalmente, a plataforma para saber qual é a bandeira da sua região e quais as recomendações para o seu determinado tipo de setor. Segundo o governador, essas atualizações serão feitas sempre aos sábados para possibilitar que os empresários e autoridades públicas possam se organizar durante o final de semana.
A partir desta quinta-feira, 30/04, poderão ser enviadas novas sugestões de adequação, a fim de encerrar o modelo e coloca-lo em prática nos próximos dias.
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