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Governo da Argentina publica decreto para dispensar 7 mil funcionários públicos

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Essa medida, segundo a imprensa local, impactará empregados em diferentes setores do Estado

Foto: Redes Sociais/Javier Milei

O governo de Javier Milei publicou, nesta terça-feira, 26/12, um decreto para dispensar sete mil funcionários públicos com menos de um ano de serviço. Pelo texto, os contratos que terminariam no próximo dia 31 não serão renovados. Essa medida, segundo a imprensa local, impactará empregados em diferentes setores do Estado.

O decreto proíbe a renovação de contratos na administração central do Executivo, em organizações descentralizadas do Estado, bem como em empresas públicas e corporações de maioria estatal. Reportagens argentinas indicam que o governo assegura que o decreto não afetará trabalhadores contratados no último ano que atendam às cotas legais para pessoas trans e deficientes.

Algumas exceções poderão ser consideradas, desde que os responsáveis por cada área justifiquem a necessidade de manter em seus cargos os contratados. No entanto, essa decisão exigirá aprovação do Chefe de Gabinete, e a prorrogação dos contratos não será possível sem consulta prévia.

Há ainda uma expectativa do anúncio da redução do salário dos altos funcionários do governo argentino. Ainda conforme o Clarín, fala-se em um congelamento de vencimentos e redução de até 15% em alguns dos cargos.

Também nesta semana, deve ser encaminhado ao Congresso o pacote de medidas criado pelo Executivo para que seja discutida durante as sessões extraordinárias convocadas por Milei entre os dias 26 de dezembro e 31 de janeiro, após uma semana de protestos de sindicatos, inquilinos e partidos de esquerda contra as reformas. Na pauta das sessões, Milei incluiu ainda propostas para a restituição de impostos sobre os salários, modificações na lei eleitoral e reformas do Estado.

Plano motosserra

Na semana passada, Javier Milei, anunciou mudanças na economia. O presidente argentino 30 medidas do decreto de necessidade e urgência (DNU). Entre elas, estão, por exemplo, revogações nas leis do aluguel e de compras, viabilização de privatizações e desregulamentação dos serviços de internet. Dias depois, manifestantes foram para as ruas de várias províncias para protestar.

Veja as medidas contidas no decreto

  • Revogação da Lei do Aluguel
  • Revogação da Lei de Fornecimento
  • Revogação da Lei das Gôndolas
  • Revogação da Lei Nacional de Compras
  • Revogação do Observatório de Preços do Ministério da Economia
  • Revogação da Lei de Promoção Industrial
  • Revogação da Lei de Promoção Comercial
  • Revogação da regulamentação que impede a privatização de empresas públicas
  • Revogação do regime das empresas estatais
  • Transformação de todas as empresas do Estado em sociedades anônimas para posterior privatização
  • Modernização do regime laboral para facilitar o processo de geração de emprego genuíno
  • Reforma do Código Aduaneiro para facilitar o comércio internacional
  • Revogação da Lei de Terras para promoção de investimentos
  • Modificação da Lei de Combate ao Fogo
  • Revogação das obrigações que as usinas têm em relação à produção de açúcar
  • Liberação do regime jurídico aplicável ao setor vitivinícola
  • Revogação do sistema nacional de comércio mineiro e do Banco de Informação Mineira
  • Autorização para transferência do pacote total ou parcial de ações da Aerolíneas Argentinas
  • Implementação da política de céu aberto
  • Alteração do Código Civil e Comercial para reforçar o princípio da liberdade contratual entre as partes
  • Modificação do Código Civil e Comercial para garantir que as obrigações contraídas em moeda estrangeira sejam pagas na moeda acordada
  • Alteração do quadro regulamentar da medicina pré-paga e das obras sociais
  • Eliminação das restrições de preços na indústria pré-paga
  • Incorporação das empresas de medicamentos pré-pagos no regime de assistência social
  • Estabelecimento de prescrição eletrônica para agilizar o atendimento e minimizar custos
  • Alterações ao regime das empresas farmacêuticas para promover a concorrência e reduzir custos
  • Alteração da Lei das Sociedades Comerciais para que os clubes de futebol possam se tornar sociedades anônimas se assim desejarem
  • Desregulamentação dos serviços de Internet via satélite
  • Desregulamentação do setor do turismo, eliminando o monopólio das agências de turismo
  • Incorporação de ferramentas digitais para procedimentos de registro automotivo

Fonte: GZH

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