Gritos de liberdade…

Desde que nos conhecemos por gente, e começamos a frequentar os ambientes escolares, mas, principalmente, quando nos são apresentados nossos “direitos”, aprendemos que, depois do direito à vida, nosso principal direito assegurado é a liberdade. 

Na faculdade de direito, por sua vez, questionamos a liberdade, dentre outras ciências, lançando mão da filosofia. Afinal, como podemos ser presos, se, por direito, somos livres?

Ora, é quase clichê dizer que a minha liberdade vai até onde começa a liberdade de outrem. Certo! Meus parabéns! Conceito vindo do senso comum, que responde a essa pergunta. De maneira limitada e simplista, mas responde… A resposta é limitada e simplista porque, diga-me leitor, qual é a fórmula comum para identificar esse limite? Até que ponto aquilo que eu penso ser liberdade pode ou não pode ser ofensivo para ti?
Viu-se, nessa última semana, os prefeitos eleitos democraticamente assumindo seus postos, visando o bem comum. E qual seria o bem comum? E qual seria a liberdade de fazer ou não fazer algo determinado por aquele governante, já que eu não votei nele? Não ser um dos eleitores de alguém me permite não fazer o que ele diz? Ou só não me permite concordar? 

Nos Estados Unidos, segundo alguns, a maior democracia do mundo, até hoje o presidente derrotado questiona o resultado da eleição, tendo insuflado na semana que passou, ao que parece, a população, a invadir o espaço sede da “democracia”, questionando essa democracia que ele mesmo, agora, ao que parece, ataca seu formato. Ou dela desconfia…

De qualquer forma, democracia é, sim, liberdade. Porém, essa liberdade pressupõe regras. Afinal, a minha liberdade acaba onde começa a do outro, certo? Certo! E eu não sei ao certo, exatamente, onde começa a liberdade do outro, de acordo com o que ele pensa, certo? Certo!

Eu sei o que diz a lei, que é, de regra, a grosso modo, o que dizem os costumes. Certo? Certo! Então, quem está certo? Todos estão certos!

O que não é certo é fazer com que alguém pense como eu, já que eu penso que estou certo! Na dúvida, pensemos que a liberdade deve ser algo que nos faça bem!

Até a próxima!

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