Uma das vítimas, de 18 anos, que tripulava a motocicleta, sem habilitação, relatou que o guarda municipal não respeitou a sinalização de ‘Pare’ e avançou em sua preferência, atingindo a motocicleta, que também tinha uma passageira, de 19 anos, que também caiu da moto no momento da colisão.
O guarda municipal foi retirado do veículo por populares que teriam lhe agredido diante da omissão de socorro às vítimas e tentativa de fugir do local. Ainda, o veículo que ele conduzia foi recolhido ao guincho pelos policiais militares por estar com o licenciamento vencido. As vítimas da motocicleta foram conduzidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para atendimento hospitalar de emergência devido à gravidade das lesões.
O guarda municipal se recursou a fazer o Teste do Etilômetro no local da ocorrência e foi conduzido à Delegacia de Polícia, vindo a ser submetido ao Exame Clínico cinco horas após o acidente. No Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Caxias do Sul, o guarda municipal negou-se a fornecer material para exame laboratorial, sendo submetido apenas à verificação de embriaguez alcoólica, cujo laudo provisório não constatou estado de embriaguez no momento do teste.
Ele atua na Guarda Municipal de Caxias do Sul e, atualmente, é o coordenador da formação da Guarda Municipal de Flores da Cunha. De acordo com o Termo de Constatação de Embriaguez confeccionado pela Brigada Militar no local do acidente, o guarda municipal vestia bermuda, estava sem camisa e apresentava fala arrastada. Na delegacia, a ocorrência foi registrada como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Uma das vítimas permanece em observação no hospital.