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Há 15 anos, empreendedores locais e motoristas aguardam por melhorias no Trevo do Santa Rita

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Além de grande parte dos moradores utilizarem o acesso para entrar e sair do município, o trevo ainda é usado por diversos caminhões das principais empresas da cidade para acessar a BR-470

Foto: Diogo Zanetti

Dados do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) apontam que mais de 30 mil veículos trafegam, diariamente, pelo trecho da BR-470, que de um lado liga a rodovia ao Centro da cidade e, do outro, a diversas empresas.

Entretanto, quem circula pelo local, afirma que o chamado “Trevo do Santa Rita” não tem estrutura para o tráfego de tantos veículos. Prova disto é o grande número de acidentes registrados com frequência no local.

Em 2021, a prefeitura de Bento Gonçalves realizou o alargamento dos dois lados da via após a rua Antônio Michelon: para quem transita no sentido da BR-470 para o Santa Rita e para quem sai do bairro.

Entretanto, embora a obra seja vista com bons olhos por quem circula diariamente pelo trecho, ainda não foi o suficiente para gerar segurança aos motoristas e pedestres.

Usuários e proprietários de empreendimentos vizinhos relatam que vem pleiteando melhorias na infraestrutura do local há mais de 15 anos, sem sucesso.

Na opinião de Consuelo Baccega Tres, uma solução que ajudaria a minimizar os problemas do Trevo do Santa Rita seria a construção de rotatórias, que possibilitasse acessos e retornos a cada 500 metros, no perímetro urbano, cortado pela BR-470, um recurso que obrigaria a redução de velocidade, além de permitir a manobra de acesso.

Sugestão de rótula proposta pelos empresários da região

“Uma vez, um funcionário do DAER [Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem] disse que o trânsito ficaria lento, mas pelo menos nos daria a chance de chegarmos em segurança do outro lado”, afirma.

Além disso, Consuelo avalia que rotatórias também seriam mais seguras para os pedestres, que têm dificuldade e insegurança para atravessar a rodovia, uma vez que são três pistas.

“No trevo do Geremia [empresa Geremia Redutores], tem o bairro Pomarosa e vejo as mães com crianças, correndo três pistas para atravessar a rodovia. PE uma situação inconcebível, que se arrasta por anos. Aqui também, muitos trabalhadores que tem que atravessar a pé”, garante.

Consuelo também reforça que um redutor ou uma lombada não resolveria o problema do local, uma vez que se formaria uma fila contínua.

“Sem chance de se atravessar três pistas e sem um ponto de parada no meio. Um exemplo era o controlador que tinha em frente ao Posto do Avião, em Garibaldi, não faz falta nenhuma. Lá são duas pistas, quando tem veículos para atravessar, motoristas sinalizam, param, aí os que precisam atravessar, tem chances”, explica.

O que diz a prefeitura

Em 2021, a prefeitura disse ao SERRANOSSA que, na época, estava sendo elaborado um estudo entre o município e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para futuras melhorias no Trevo do Santa Rita.

Questionados se esse estudo foi concluído e o que ele apontou, a diretora Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPURB), Melissa Bertoletti, respondeu que após análise, o DNIT elaborou um termo de referência para contratação de projetos para duplicação de toda extensão da Rodovia – cerca de 10,5 quilômetros.

“Neste Termo de Referência, está contemplado, além da duplicação da rodovia, a execução de cinco adequações de intervenções em desnível e três obras de artes especiais”, afirmou.

Melissa acrescentou que “no início do ano de 2022 o município executou melhorias no trevo de acesso, com o alargamento da pista de aceleração e desaceleração, melhorias na sinalização e repavimentação”, salientou.

Por fim, sobre a prefeitura ter projetos de investimentos no local, visando a redução de acidentes e melhor fluidez no trânsito, Melissa respondeu que o município está disposto a realizar intervenções no local.

A responsabilidade de manter e operar a Rodovia é exclusiva do DNIT. O município está disposto a realizar intervenções no local, com a devida autorização do DNIT”, finalizou.

O que diz o DNIT

Ao SERRANOSSA, o DNIT afirmou que, desde a federalização da BR-470, em 2015, são desenvolvidas ações em busca de melhorias e de maior segurança na rodovia para o perímetro urbano de Bento Gonçalves, Nova Prata, Vila Flores e Veranópolis.

“Com relação ao Trevo do Santa Rita, em Bento Gonçalves, a autarquia informa que a prefeitura realizou alargamentos no acesso e sugeriu a implantação de uma rotatória circular. Contudo, estudos do DNIT apontam que seria necessária a implantação de uma rótula elíptica no local, devido ao altíssimo tráfego”, esclareceu o órgão.

O DNIT também informou que o processo para “Elaboração de Estudos e Projetos Básicos e Executivos de Engenharia para Implantação, Pavimentação, Adequação de Capacidade, Melhoria da Segurança e Eliminação dos Segmentos Críticos na BR-470, km 151,5 ao km 232,1 (Lote 3) está sendo encaminhado para contratação do projeto”.

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