Homem que matou pai, mãe e irmã é preso no enterro da família no Vale do Rio Pardo

No domingo (14/02),  a Polícia Civil de Arroio do Tigre prendeu um homem acusado de triplo homicídio em Tunas, no Vale do Rio Pardo. Jaime Schoeninger dos Santos, 23 anos, foi preso durante o enterro da própria família.

Em depoimento, ele confessou o crime ocorrido sexta-feira (12/02). O homem alegou legítima defesa e ressaltou que não tinha intenção de matar a mãe e a irmã, de apenas um ano e quatro meses. Depois de atirar no pai, ele colocou fogo na casa e as duas morreram abraçadas, trancadas no banheiro. A polícia ainda apurou que, depois do crime, ele passou a noite em uma boate.

A polícia prendeu Jaime quando ele chegou de táxi no enterro da família de agricultores. O acusado matou o pai, Adão Antunes dos Santos, 66 anos, a mãe, Marlene Schoeninger, 43 anos, e a irmã Jamile Schoeninger dos Santos, de um ano e quatro meses.

O crime ocorreu na localidade de Rincão dos Tocos, no interior do município de Tunas, que tem cerca de 4,5 mil habitantes.

Conforme depoimento, o homem confessou, mas afirmou que havia se defendido do pai após uma discussão. A delegada Alessandra Xavier de Siqueira, a cargo da investigação, destaca que o preso disse ter discutido com Adão pelo fato dele o ter proibido de ir em uma boate na cidade na última sexta-feira. Após discussão, o homem revelou que o pai errou dois tiros e que ele revidou, com outra arma, atirando no idoso.

Depois dos tiros, Jaime relatou que colocou óleo diesel no corpo do pai e colocou fogo. As chamas se espalharam e atingiram a casa inteira, que fica em uma área rural, distante de outras residências.  

A investigação tenta confirmar os motivos dos assassinatos, mas os agentes desconfiam que o homem estava descontente porque os pais teriam passado todos os bens da família à irmã porque ele não estaria ajudando no trabalho rural.

Segundo uma das testemunhas ouvidas pelos policiais, Jaime teria passado a noite em uma boate da cidade, rindo e sem mostrar qualquer tipo de sentimento de tristeza, ao contrário até, aparentando suposta atitude de comemoração.

Em depoimento, ele estava frio e calmo, relatando todos os fatos. Não tem antecedentes criminais e não aparenta transtornos mentais. Reafirmou que agiu em legítima defesa, mas acreditamos que possa ter sido premeditado. Iremos apurar essa suposta atitude na boate, local onde ele gastou cerca de R$ 2 mil na noite de sexta-feira para sábado. Soubemos que o investigado foi indagado por funcionários quando a polícia ligou sobre um crime e nos relataram que ele apenas queria saber se pessoas haviam morrido. Fato que iremos apurar — destaca Alessandra.

A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o caso, já que o homem teve prisão temporária decretada. Mas a delegada quer finalizar o inquérito antes desse prazo e solicitar à Justiça a prisão preventiva do investigado.

*Com informações de Gaúcha ZH