Horário de Verão não deve voltar em 2023
O mecanismo foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
O horário de verão no Brasil não voltará em 2023, foi o que anunciou o Ministério de Minas e
Energias (MME). Segundo a pasta, em nota oficial divulgada em 22 de setembro, “não há necessidade de retorno”. O horário de verão, que costumava vigorar entre outubro e fevereiro em parte dos estados brasileiros, foi extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em abril de 2019. “Em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo, os dados não apontam, até o momento, para nenhuma necessidade de implementação do Horário de Verão”, diz a nota do MME.
Após ser eleito presidente em 2022, Lula utilizou as redes sociais para questionar a população sobre a volta do mecanismo. Ele abriu uma enquete e perguntou: “O que vocês acham da volta do horário de verão?” O “sim” teve 66,2% dos votos na enquete do presidente, contra 33,8% de pessoas contrárias ao horário de verão e que votaram “não”.
Pedido de retorno
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou, na última sexta-feira, 22/09, uma carta ao presidente Lula, ao ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e ao ministro do Turismo, Celso Sabino, manifestando o apoio à retomada do horário de verão e apresentando ‘benefícios’ que a decisão traria ao setor de bares e restaurantes e a toda a economia do país.
O documento destaca que a adoção do horário de verão gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com crescimento entre 10% e 15%. No momento em que o setor ainda se recupera dos prejuízos causados pela pandemia da COVID-19, a implementação da medida, segundo a entidade, beneficiaria um setor que gera renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros e tem cerca de 1,5 milhão de empreendimentos no país.
“O retorno do horário de verão proporcionaria mais tempo de luz natural durante os dias, o que favorece o consumo e a frequência de clientes nos estabelecimentos, além de trazer mais movimento e segurança às cidades de um modo geral. Além disso, seria favorável para todo o país, afinal contribui para a economia de energia e reduz custos operacionais nas empresas, mesmo que não estejamos no momento com risco de desabastecimento”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.