Hospital da PUCRS fará testes da vacina contra o Coronavírus

Na quarta-feira, 01/07, o estado de São Paulo anunciou os 12 centros que serão responsáveis pelos testes de fase 3, em humanos, da CoronaVac. A vacina contra o novo Coronavírus foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, uma das mais promissoras em todo o mundo. Dentre eles, está o Hospital São Lucas, da PUC do Rio Grande do Sul.

"Quero ressaltar que o acordo com a Sinovac prevê explicitamente a transferência de tecnologia para a produção em escala industrial da vacina contra o coronavírus em São Paulo pelo Butantan. E assegurar também que a vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS em São Paulo e em todo o país. A capacidade de produção do Instituto Butantan é de 100 milhões de unidades da vacina", afirmou o governador João Doria.

Os testes serão realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas do Rio Grande do Sul e de mais cinco estados brasileiros: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan.


 

Além da PUCRS, as pesquisas serão realizadas, ainda, pela Universidade de Brasília (UnB), pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Na cidade de São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein. Também serão envolvidos no estado de São Paulo a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp em Campinas, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

A vacina contra o novo Coronavírus desenvolvida pela Sinovac é uma das mais promissoras do mundo, porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. Por isso, o Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente. O laboratório com sede em Pequim já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.

Agora, a farmacêutica fornecerá ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase 3 em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança.
Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial tanto na China como no Brasil para fornecimento gratuito ao SUS (Sistema Único de Saúde). Os passos seguintes serão o registro do produto pela Anvisa e fornecimento da vacina em todo o país.

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